A EHTO festejou o Natal e entregou os certificados e os diplomas de mérito no dia 19 de Dezembro. Este ano acabaram os cursos 93 alunos, o que faz com que, em 12 anos de existência desta escola oestina, tenham sido certificadas mais de 700 pessoas para o mercado de trabalho. A festa de Natal, durante a tarde, recriou a ceia de uma família tradicional portuguesa.
Na manhã de 19 de Dezembro o auditório da EHTO estava cheio para a entrega de certificados e de diplomas de mérito deste ano. Quase uma centena de alunos terminou os cursos, sendo que a maioria já está a trabalhar.
Entre os alunos finalistas, foi distinguida Sónia Santos (de Gestão e Produção de Pastelaria) que recebeu o prémio do Rotary Club para os melhores alunos.
Depois dos certificados vieram os diplomas de mérito, para alunos com uma média superior a 17 valores e que não tenham tido nenhuma nota abaixo de 14. Fátima Joaquim e Joana Rosado, de Gestão de Turismo, e Daniel Martins, Inês Almeida e Nelson Pereira, de Gestão e Produção de Pastelaria, foram os que se distinguiram. Pela entrada no quadro de mérito receberam um cheque de formação no valor de 300 euros.
Abrir o Nougat Cake Design em Paços de Ferreira
Já no final da cerimónia, mas ainda antes de almoço, falamos com Daniel Leal que tem 27 anos e que terminou em Fevereiro o curso de Gestão e Produção de Pastelaria e seguiu para estágio numa conceituada pastelaria de Barcelona, que tem estabelecimentos também no Japão e nos Emirados Árabes Unidos. “Foi a cereja no topo do bolo, adorei, aprendi muito”, disse, contando que ao fim de um mês o convidaram a ficar. “Já tinha planeado o meu projecto, que foi criado quando estudava na EHTO, que é a Nougat Cake Design, uma empresa de pastelaria que criei e em que trabalhava aos fins-de-semana, ao mesmo tempo que acabava o curso, mas que agora ganhou uma dimensão muito grande”. Pretende, portanto, levar as coisas para outro nível, abrindo o espaço já em Janeiro, em Paços de Ferreira. “Eu sou do Norte, vim para cá pela reputação que o curso nas Caldas tem, que é o melhor em termos de Escolas de Hotelaria e Turismo”, justificou, salientando que os alunos são bem vistos no mercado de trabalho quando saem desta escola.
Café, restaurante, bar e padaria abertos 24/7
Outro caso de sucesso é Marco Marques, que tem 47 anos e que já tinha os seus negócios estabelecidos quando veio estudar para a EHTO.
É proprietário do café Rosa nas Caldas, com um restaurante aberto 24/7 (ininterruptamente), um bar e, mais recentemente uma padaria e pastelaria, todos na Benedita.
A padaria e pastelaria foram uma ideia para complementar os outros negócios, mas não tinha muito conhecimento disso. “Vim aprender para aplicar lá, porque inicialmente a ideia era ter fabrico próprio, mas cresceu a procura e já temos uma volta com três carros, então decidi vir tirar ideias e aprender”.
Marco elogiou o curso, os formadores e os colegas. “Aprendemos uns com os outros, até porque muitos dos meus colegas já eram profissionais da área”, afirmou, acrescentando que “se no próximo ano abrir uma ou duas cadeiras de gestão que não abriram este ano sou capaz de voltar”.
“Ficamos com o bichinho da aprendizagem”
A jovem cadavalense de 19 anos, Ana Rita Duarte, terminou o curso de Operações turísticas e hoteleiras, mas manteve-se na EHTO, no nível 5 em Gestão do Turismo. “A escola tem os melhores formadores e como é pequenina os professores estão mais próximos de nós e disponíveis, e é frequente ver os alunos a manterem os contactos já depois de saírem e os formadores ajudarem na vida profissional.”
Já fez dois estágios, um deles no Marriott Praia d’El Rey e de seguida pretende tirar uma licenciatura na área. “A formação aqui é muito boa e ficamos com o bichinho da aprendizagem, mas eu quero sempre mais e acho que é importante para ter um futuro melhor”.
“Terminei a escola a uma quinta-feira e na sexta-feira já estava a trabalhar”
Já o caldense Jason Palma, de 20 anos, também frequentou aquela escola e está a trabalhar no Hotel Europeia, nas Caldas. “Terminei a escola a uma quinta-feira e na sexta-feira já estava a trabalhar”, contou, acrescentando que ainda lhe faltam acabar algumas disciplinas. “Não terminei tudo porque na altura dos exames estava a trabalhar durante a noite, mas vou fazê-los para o ano”, referiu.
Jason elogiou a escola que “dá todas as ferramentas para começar a carreira” e perspectivou que o futuro passa por “ir para fora do país”.
“Foi a escola que me abriu as portas”
Quem concorda que a escola dá todas as bases é Tomás Sá, jovem de 18 anos de Rio Maior, que terminou o curso de Técnicas de Cozinha e Pastelaria e está a trabalhar no restaurante Ritual em Vila Nova de Milfontes. “Foi a escola que me abriu as portas”, disse, acrescentando que pretende ainda frequentar um curso superior.
A festa de Natal decorreu durante a tarde, já depois de um almoço de convívio. Foi inspirada no ambiente tradicional de uma família portuguesa na ceia de Natal. No caso, a família Santinho, passou o jantar a ver a RTP Memória, onde passaram as actuações dos vários cursos.