A quarta edição do curso mundial de Dirigentes Associativos da Diáspora teve como sede o Inatel da Foz do Arelho, que acolheu cerca de 30 emigrantes oriundos de vários países da Europa, América e África.
Estes cursos destinam-se a portugueses e luso-descendentes, tendo como objectivo reunir estes dirigentes associativos para que possam partilhar diferentes experiências, saberes e conhecimentos das associações representadas
Cerca de 30 emigrantes que ocupam cargos em associações portuguesas espalhadas pelo mundo, participaram na quarta edição do curso mundial de Dirigentes Associativos da Diáspora, uma iniciativa apoiada pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, e que decorreu na Foz do Arelho de 6 a 9 de Maio.
Estiveram presentes representantes dos Estados Unidos, Brasil, Argentina, Uruguai, França, Alemanha, Canadá, África do Sul e Moçambique, entre outros.
O encontro é organizado pela Confraria dos Saberes e Sabores da Beira e destina-se a portugueses e luso-descendentes, tendo como objectivo reunir estes dirigentes associativos para que possam partilhar diferentes experiências, saberes e conhecimentos das associações representadas.
O curso teve uma componente teórica, onde os participantes acederam a um conjunto de informações com documentação útil para o desenvolvimento do trabalho das associações (programas de acção, organização e gestão associativa, projectos e candidaturas, legislação e parcerias), mas também uma mais prática com visitas a várias associações na área da região da Grande Lisboa
Nas Caldas os emigrantes, que pernoitaram e fizeram reuniões no Inatel da Foz do Arelho, estiveram num espectáculo no CCC onde algumas associações locais apresentaram o seu trabalho.
No dia seguinte foram recebidos oficialmente na Câmara das Caldas, onde o presidente, Tinta Ferreira, fez uma longa explicação sobre a história e o presente do concelho.
O autarca aproveitou para destacar a importância das associações para o concelho. De acordo com Tinta Ferreira, o município apoia directamente 190 associações. Destas, 41 são as colectividades típicas das aldeias, depois há 11 ranchos folclóricos, quatro bandas e sociedades filarmónicas, 42 clubes e associações desportivas, 24 associações de natureza religiosa, 10 ligadas à educação e o restante na área empresarial.
Segundo José Governo, adjunto do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, esta iniciativa surgiu há cerca de quatro anos, mas nessa altura foi organizada directamente pelo governo.
“O que se pretende nestes encontros é que os participantes recebam alguma informação e estabeleçam contactos, para que depois possam fazer o seu próprio trabalho”, referiu José Governo.
O objectivo passa também pela criação de uma rede entre as várias associações e por isso, na segunda edição dos cursos, foi criada a Federação das Associações da Diáspora que pretende ser um elo de ligação entre todos e também o porta-voz dessas colectividades.
José Governo contou que na sessão em que cada um falou daquilo que realiza nas suas associações, espalhadas pelo mundo, houve mesmo quem se emocionasse nas apresentações.
“São associações que privilegiam realizar actividades que marcam datas importantes da nossa história, como o 25 de Abril e o 10 de Junho, mas também festejos religiosos”, referiu.