O emissário submarino da Foz do Arelho continua sem a bóia de sinalização. Esta é uma situação que se prolonga há cinco anos, sendo que recentemente chegaram à Gazeta das Caldas queixas relativamente a este tema.
O emissário (ou exutor) submarino é, na prática, um tubo que transporta as águas residuais tratadas da Estação de Tratamento de Águas Residuais por mais de dois quilómetros, para o mar e que está em funcionamento desde o ano de 2005.
O emissário tem obrigatoriamente de estar assinalado com uma bóia de sinalização, para que as embarcações saibam onde está e, assim, evitar que constitua um perigo à navegação.
Gazeta das Caldas procurou respostas junto da empresa Águas do Oeste, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição.
No entanto, Vítor Diniz, da Comissão Cívica de Defesa das Linhas de Água e Ambiente, recordou ao nosso jornal que já no último ano a comissão tinha alertado para esta situação.
Vitor Diniz esclareceu ainda que as últimas informações que a Comissão obteve junto da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) chegaram há cerca de um ano.
Recuando a março de 2020, a um artigo publicado na Gazeta das Caldas sobre o mesmo tema, a APA confirmou então que tinha conhecimento da situação e que a entidade responsável pelo exutor é a empresa Águas do Tejo Atlântico, que já lançou concurso para a inspecção subaquática de emissários submarinos na sua área de concessão, que inclui o da Foz do Arelho. Só que a APA não se comprometeu com uma data em concreto e, mais de um ano depois, continua o exutor sem a bóia. ■