O cortejo de oferendas dos Bombeiros das Caldas realiza-se a 27 de Novembro e a novidade é que a equipa de salvamento especial em grande ângulo vai receber novos fatos de operação. A verba obtida no peditório vai ajudar a corporação na aquisição de novo material respiratório e de um carro de combate a incêndios florestais.
O grupo de resgates verticais é uma equipa especial dos bombeiros das Caldas que faz salvamento em zonas de acentuada inclinação, como, por exemplo, falésias. Os fatos para este tipo de actuação são reforçados para uma maior resistência.
Os novos fatos vão ser doados pela empresa do sector imobiliário Localstar e pelo empresário João Carlos Costa e têm um valor de 10 mil euros. Estes novos fatos vão substituir os actuais, cuja vida útil de 10 a 12 anos se está a esgotar, e vão “dar maior segurança nestes salvamentos”, disse o comandante dos bombeiros, Nelson Cruz.
A verba obtida nos peditórios realizados nas freguesias do concelho vai também ajudar à aquisição de uma nova viatura de combate a incêndios florestais, uma necessidade “que estava identificada”, observou o comandante.
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha vai adquirir esta viatura com meios próprios, apenas com a colaboração que a Câmara das Caldas tem para este tipo de investimento (25%), uma vez que as candidaturas aos fundos estruturais e a fundos europeus foram indeferidas. “Era necessário abatermos uma das nossas viaturas, que apesar da idade está em bom estado”, revelou António Marques, presidente da Assembleia Geral da associação. A viatura custará cerca de 35 mil euros.
A corporação está também a necessitar de novo equipamento respiratório, para substituir o actual que também se encontra em fim de tempo útil de vida. A substituição deverá custar cerca de 14 mil euros e estará pronta para a próxima época.
O cortejo de oferendas “é um abraço entre a população e a sua associação de bombeiros”, classificou António Marques. Além de serem divulgados os resultados dos peditórios pelas freguesias, com entregas simbólicas dos cheques, é um dia em que o quartel está aberto para a população visitar e confraternizar com quem lhe presta o serviço de socorro.
Abílio Camacho, presidente da Direcção, sublinhou que os resultados são conferidos e documentados pelas Juntas, para garantir transparência no destino do dinheiro.
O objectivo para este ano é que a receita apurada fique em níveis idênticos à do ano passado, entre os 100 mil e os 120 mil euros, o que corresponde a quase 10% dos 1,4 milhões de euros do orçamento da associação.
Abílio Camacho aproveitou a apresentação do cortejo para alertar a população que os peditórios realizados pela Associação Portuguesa de Veteranos de Guerra para aquisição de uma ambulância nada tem a ver com os bombeiros. “Dizem-me que é uma empresa de Porto de Mós em nome dos veteranos de guerra e as pessoas ajudam a pensar que é para os bombeiros e depois quando fazemos o peditório dizem que já deram”, adverte.
Nelson Cruz, comandante dos bombeiros, revelou que a corporação caldense é das que tem maior território para cobrir e que a actividade tem sido mais intensa de ano para ano. São feitos cerca de 17 mil transportes de doentes, urgentes e não urgentes, por ano. Na época de incêndios, os soldados da paz caldenses intervieram 142 vezes, algumas delas correspondentes a saídas para apoiar noutras zonas do país.