Número de alunos subiu quase 3% face ao ano letivo 2019/20. Alunos estrangeiros já representam 15% do total
No passado dia 15 de setembro, 8820 alunos regressaram às aulas nas escolas do ensino regular dos concelhos das Caldas da Rainha e de Óbidos. Os números mostram um aumento do número de alunos na ordem dos 2,9%, em relação ao final da última década, quebrando a tendência que se registava na altura de redução de alunos nas escolas. O número de alunos estrangeiros, que já representa 15% do total, poderá ser o responsável por esta inversão.
Este número de alunos, 8820, é o total dos estabelecimentos de ensino dos agrupamentos de escolas Raul Proença, Rafael Bordalo Pinheiro, D. João II e Josefa d’Óbidos, e ainda do Colégio Rainha D. Leonor, com dados fornecidos por estas e compilados pela Gazeta das Caldas. Não estão incluídas as escolas privadas apenas com primeiro ciclo e pré-escolar, nem as escolas que só ministram ensino profissional.
Do total de alunos, 1142 frequentam o ensino pré-escolar. Este é, curiosamente, o número que mais cresceu em relação ao ano letivo 2019/20 no conjunto destas instituições de ensino, 11,5%.
É no primeiro ciclo que se verifica o maior número de alunos nas escolas dos dois concelhos, 2364. É também o segundo número que mais sobe (7%) em relação ao final da década passada.
Também é, sobretudo, nestes dois ciclos que o aumento do número de alunos nas escolas é mais evidente.
Nos dois ciclos seguintes, desde o 5º ao 9º ano de escolaridade, as escolas das Caldas da Rainha e Óbidos crescem apenas 0,3% e 0,6%. São mais 16 alunos num universo de 3210. Mas estes são também os anos de escolaridade com maior número de alunos inscritos por ano de escolaridade. No 2º ciclo são 619 alunos, em média, em cada ano de escolaridade, e 657 no 3º ciclo.
No ensino secundário regular, o número de alunos inscritos aumentou 2,1% nas cinco instituições. Mas nestes estabelecimentos observa-se uma redução de 9,3% no número de alunos que optou pelos cursos profissionais. Esta redução faz também com que o número de alunos entre o 10º e o 12º anos seja inferior ao de há quatro anos.
Ainda em relação aos dados gerais, é de notar que estas escolas integram 1314 alunos estrangeiros, na sua larga maioria de nacionalidade brasileira, mas abrangendo um número muito alargado de nacionalidades. Embora não seja possível obter um comparativo em relação ao número de alunos estrangeiros há quatro anos, é possível presumir que é o aumento dos alunos estrangeiros que está a inverter a tendência que seria natural de queda, tendo em conta que nos anos antecedentes se verificou uma redução do número de nascimentos em Portugal, região incluída. Os agrupamentos com maior rácio de alunos estrangeiros são o AE Raul Proença e D. João II, ambos na ordem dos 18%, enquanto no AE Rafael Bordalo Pinheiro e no Colégio Rainha D. Leonor se cifra nos 12 e 14%. Em Óbidos, os alunos estrangeiros representam 8% do total.
Quanto aos agrupamentos, no AE Raul Proença o número de alunos encontra-se estabilizado, mantendo-se próximo do que será a capacidade limite das suas escolas. Este agrupamento, segue a tendência geral, com aumento de população no pré-escolar e 1º ciclo, estabilidade no 2º e 3º e queda no secundário e profissional.
O AE Rafael Bordalo Pinheiro foi o único que viu o número de alunos reduzir naquele período, cerca de 120 alunos a menos. A queda tem maior expressão no 3º ciclo e no profissional, ambos a rondar os 17%.
O AE D. João II, que tem apenas turmas até ao 9º ano, aumentou o número de alunos (2,4%) e voltou a passar a barreira dos 2000 alunos. Só no pré-escolar há um incremento de 24%.
Entre as cinco instituições, o Colégio Rainha D. Leonor é o que mais cresce nesta década, 43,6%. O colégio tem mesmo mais alunos em todos os ciclos de ensino.
Em Óbidos, o número de alunos aumentou 3,6%. O agrupamento perdeu alunos no 2º ciclo e no profissional, mas ganhou em todos os restantes. O agrupamento cresceu 8,8% no pré-escolar, ao abrir este ano mais uma sala de jardim de infância no Arelho. E cresceu 5% no 1º ciclo, com mais duas turmas abertas no conjunto das suas escolas. O agrupamento cresceu também de forma significativa no 3º ciclo face ao final da década passada (15%), assim como no secundário (14%), embora verifique redução no profissional. ■