Inviabilidade económica dita encerramento. Proprietários querem deslocalizar alvará para as Caldas, mas a Câmara opõe-se
A farmácia de Alvorninha deverá fechar as suas portas no final do mês. Este encerramento é consequência do “número muito limitado de utentes que recorrem à farmácia nos últimos anos, tornando-a inviável economicamente”, explica a empresa Farmácia Neto, Lda em comunicado de imprensa. De acordo com os mesmos responsáveis, esta reduzida utilização prende-se com a existência de outra farmácia a pouco mais de dois quilómetros, nos Vidais, mais antiga e com melhores acessos.
O ofício do Infarmed surge depois da emissão do parecer desfavorável da Câmara das Caldas à pretensão da empresa para transferir o alvará da farmácia, localizado em Alvorninha, para a zona sul das Caldas da Rainha. Em contrapartida, comprometia-se com a colocação de um Posto Complementar de Saúde (PCS) no lugar da farmácia. A autarquia deliberou, por unanimidade, que é “fundamental” para a freguesia a manutenção da farmácia em Alvorninha e não a sua substituição por um posto farmacêutico. O executivo lembrou os investimentos que têm sido feitos com o objetivo de dotar as freguesias com melhores condições e fixar a população nas zonas mais rurais do concelho.
Tendo em conta o encerramento a 30 de junho, o Infarmed solicitou um segundo parecer à Câmara e, caso este passe a ser favorável, a farmácia será mantida em funcionamento em Alvorninha durante mais um ano e, em junho de 2023, passará a existir um PCS, enquanto que o alvará passará para as Caldas onde a empresa pretende abrir uma farmácia com Farma Drive, na zona do Bairro Lisbonense, refere o comunicado. À Gazeta das Caldas, o presidente da Câmara confirmou que ainda não receberam mais nenhum pedido de parecer do Infarmed.
Entretanto, para hoje, 23 de junho, às 21h00, está prevista uma sessão de esclarecimento na Junta de Freguesia de Alvorninha. ■