Festa de Verão teve 30 mil visitantes nos primeiros três dias

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O “mega restaurante” estava praticamente cheio na terça-feira à noite

A Expotur – Festa de Verão começou no passado sábado e a organização estima que nos primeiros três dias passaram pelo certame cerca de 30 mil pessoas. Trata-se de um número “ligeiramente inferior” ao do ano passado, mas António Marques, director executivo da Expoeste, acredita que conseguirão alcançar os 150 mil visitantes pois este ano o evento tem mais dois dias de duração, terminando a 15 de Agosto.
A crise tem-se feito notar também nos consumos, com os visitantes a fazer uma  maior contenção, sobretudo nas sobremesas.
A inauguração, à semelhança das edições anteriores, contou com a presença de diversas entidades que visitaram, e provaram, os petiscos das várias tasquinhas presentes no certame. E as propostas são muitas e variadas, tendo sempre como base a gastronomia regional.
Este ano as associações também se esmeraram na apresentação dos seus espaços. “A sala está mais bonita, mais convidativa”, comentava António Marques, acrescentando que a lotação é 3000 lugares sentados, um número superior ao ano passado, pois contam com a participação de mais uma tasquinha, da Associação Equestre “Os Amigos do Pintas”.

Autarcas e responsáveis de instituições locais inauguram o certame com uma visita, e prova, a todas as tasquinhas

Ao todo estão presentes no recinto 21 tasquinhas e 107 associações representadas nos pavilhões.
O orçamento deste ano é de 67 mil euros, menos cinco mil euros que em 2011, mas ainda assim António Marques garante que a qualidade não baixou. A animação diária é garantida por artistas locais e pelos grupos folclóricos e etnográficos, “salpicada” com a presença de alguns nomes da música ligeira nacional, como é o caso de Rebeca, Clemente, Broa de Mel ou Mónica Sintra.
Este ano chegou a estar em risco a realização da Festa do Emigrante por motivos exclusivamente económicos. No entanto, a organização optou por manter o evento, ainda que reduzindo o orçamento para 8.400 euros, quase metade do ano passado.
“Os nossos emigrantes merecem que nos lembremos deles ao menos um dia em cada ano”, disse António Marques, destacando que esta festa (que se terá realizado no dia 8 de Agosto) reúne cerca de um milhar de pessoas.
Também presente na inauguração, o presidente do Turismo do Oeste, António Carneiro, considera a Festa de Verão um “excelente local de convívio”. Mas alguns proprietários de restaurantes caldenses fizeram-lhe chegar o seu descontentamento com a realização do evento nesta altura do ano, que pode originar a uma quebra na restauração.
“Compreendo os dois lados”, respondeu António Carneiro, destacando que as pessoas que trabalham nas tasquinhas fazem-no voluntariamente e para as suas colectividades e que algumas delas têm obras sociais muito importantes, mas também percebe a posição dos restaurantes. “E só este ano é que ouvi isso, e porque estamos a atravessar uma quebra brutal na restauração”, concluiu.
Para António Marques está por provar que a Expoeste entra em colisão com os restaurantes da cidade. “O número de pessoas que nos visita é a prova de que os restaurantes são beneficiários líquidos deste evento”, disse, acrescentando que também não incentivam os almoços, excepto o do Dia do Emigrante.
“As associações que querem podem fazer os almoços, mas não queremos entrar em concorrência com a nossa restauração, que é muito boa”, disse o responsável, destacando que o objectivo é que esta também beneficie das “sinergias de uma festa que atrai à cidade cerca de 150 mil pessoas”.

Fátima Ferreira

fferreira@gazetadascaldas.pt

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