
Entre os dias 7 e 9 de março regressou ao Nadadouro a Festa das Enguias, com a sua segunda edição, no Largo da Igreja.
Ao longo de três dias passaram pelo restaurante mais de 700 pessoas, enchendo na sexta-feira e no sábado e quase enchendo no último dia.
Paulo Santos, que é um dos festeiros responsável pela organização, revelou que em três dias foram consumidos 120 quilos de enguias (de duas variedades), aos quais se juntaram 90 quilos de polvo. Havia ainda sopa de peixe, marisco da Lagoa de Óbidos e outras opções, à base de carne. “Temos muitos pescadores e as nossas enguias, modéstia à parte, são as melhores”, afirmou.
Além do restaurante a Festa das Enguias funciona ainda com serviço take away.
O evento é para manter e, na festa anual, será possível voltar a degustar estas iguarias locais.
Paulo Santos esclareceu ainda que a equipa de sete festeiros conta com a ajuda de cerca de 15 voluntários que colaboram nos eventos.
“Perante as adversidades a festa correu muito bem”, analisou, notando que as condições meteorológicas assustaram, mas que durante as noites de sexta-feira e sábado S. Pedro até colaborou.
Em termos de animação, no primeiro dia houve baile com Luís Godinho e no segundo atuaram os Corda Bamba. No último dia do evento a animação ficou a cargo de David Leal.
A presidente da Junta de Freguesia, Alice Gesteiro, considera que esta iniciativa é importante e que excedeu as expetativas, dado que estava com algum receio face às condições meteorológicas. A autarca esclareceu que a Junta apoia o evento, não financeiramente, mas logisticamente.
Numa das mesas do restaurante encontramos António Romão, que veio de propósito de Peniche para este festival e para comer as enguias. “Já conheço as enguias da Lagoa de Óbidos e gosto, aqui no festival estão muito boas, tanto fritas como no ensopado”, analisou, complementando que é interessante que a terra tenha criado este festival para valorizar um produto local.
Noutra mesa vemos Bruno Santos, conhecido no mundo artístico como Mantraste, e que é natural do Nadadouro. “Já conhecia o festival do ano passado e acho importante que a terra pegue num produto local e o valorize e até acho que pode ser ainda mais valorizado, porque é importantíssimo para a freguesia”, afirmou. “Eu adoro enguias e estavam muito boas. Comer um ensopado de enguias de outro lado é diferente de comer com enguias da Lagoa, nota-se a diferença de qualidade, têm um toque mais adocicado, digo eu que sou um leigo que só as como, mas tem esse toque mais doce e mais suave que faz toda a diferença”, acrescentou, apontando que “para o futuro é pôr as enguias mais baratas e criar um santuário para enguias aqui na freguesia”.

