
Celebrações decorreram durante quatro dias e incluiram a apresentação de projetos para o futuro
A freguesia do Olho Marinho foi criada a 5 de março de 1925. Um século depois, “fixar a população jovem, modernizar as infraestruturas e preservar o património são prioridades essenciais para garantir que a freguesia continue a ser um lugar vibrante e dinâmico”, considera a presidente da Junta, Sandrina Patriarca. Para a autarca, a sustentabilidade, a diversificação económica e o acesso a serviços essenciais são igualmente cruciais para responder às necessidades atuais e futuras. “Mais do que nunca, o envolvimento da comunidade será a chave para enfrentar estes desafios”, considera, destacando que o centenário não é apenas uma celebração do passado, mas um ponto de partida e que o futuro de Olho Marinho “dependerá da força, união e dedicação de todos”.
No âmbito do programa de comemorações, intitulado “Olho Marinho, 100 anos de História Viva”, que decorreram entre 5 e 9 de março, foram apresentados alguns dos projetos que esta autarquia de base pretende concretizar no futuro. Já em curso está o projeto para a reabilitação do Salão Paroquial, “um importante local de encontro e convivência da comunidade, que atualmente apresenta várias fragilidades estruturais”, explica a autarca, acrescentando que a intervenção deverá ser realizada por fases, garantindo uma reabilitação “sustentável e eficaz”. Simultaneamente, está a ser desenvolvido um plano de requalificação do cemitério novo.
A junta de freguesia conta também com o apoio da autarquia de Municipal de Óbidos para a reabilitação dos passeios da Rua Principal, “uma intervenção essencial para melhorar a mobilidade e a segurança de todos os habitantes”, salienta Sandrina Patriarca à Gazeta das Caldas.
A revista A Fonte, que foi lançada originalmente durante a presidência de José Filipe Leitão Ribeiro com o objetivo de preservar e partilhar a memória coletiva de Olho Marinho, teve agora uma edição especial para assinalar o centenário da freguesia. O regresso da revista simboliza “não só um tributo ao passado, mas também um compromisso em dar voz e visibilidade à freguesia no futuro”, devendo, por isso, ter continuidade.
A caminhada de inauguração dos “Caminhos Antigos do Planalto das Cesaredas”, prevista para 8 de março, teve de ser adiada devido às condições climatéricas. Trata-se de um projeto de valorização do património histórico e natural da terra, permitindo recuperar e sinalizar antigos trilhos, utilizados ao longo de várias gerações, tornando-os acessíveis e seguros para a população e para os visitantes.
O projeto contou com um cofinanciamento, pela LeaderOeste, em 32,7 mil euros e tem por objetivo preservar o património do Planalto das Cesaredas. “Os caminhos foram cuidadosamente sinalizados e preparados para garantir uma experiência segura e acessível, permitindo o contacto direto com a natureza e com os vestígios históricos que narram a história da nossa terra”, explica Sandrina Patriarca.