
Autarca do PSD, em fim de mandato, nomeado pelo Governo para vice-presidente da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo. Instalada a incerteza quanto ao novo presidente de câmara, só dentro de dias se saberá
A comemoração oficial do 127º aniversário do Município do Cadaval, na segunda-feira, foi a última cerimónia de José Bernardo Nunes enquanto presidente do executivo camarário, pois suspendeu o mandato no dia seguinte, até 30 de outubro, para ocupar uma das vice-presidências da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo. O edil, impossibilitado de se recandidatar nas próximas eleições autárquicas pela lei de limitação de mandatos, foi nomeado na semana passada pelo Governo para o novo cargo público, por proposta do ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes. O governante tem poderes de superintendência sobre um vice-presidente em cada CCDR, com departamentos dedicados à agricultura, desenvolvimento rural e pescas, sendo esta a futura área de responsabilidade do autarca cadavalense, que é também presidente do PSD/Área Oeste.
Em jeito de despedida, José Bernardo Nunes espera, nas novas funções públicas, que seja uma “oportunidade de contribuir para o desenvolvimento da região, mas também do meu concelho”. Sobre o trabalho de quase 12 anos de presidente de câmara, em que foi eleito sempre com maioria, referiu na ocasião que “termino esta missão com o sentimento de que fiz o melhor que sabia e com a certeza de que estão criadas boas condições para que se concretize o que nos comprometemos fazer até final do mandato, confiando essa missão a quem fica”. Professor do ensino público, é um interregno de muitos anos enquanto autarca no concelho, depois de passar vários mandatos pela Assembleia Municipal e Câmara Municipal.
Quanto à sua sucessão à frente da Câmara Municipal, só nos próximos dias a situação poderá ficar clarificada, uma vez que a número dois da lista, a vereadora Maria de Fátima Paz, encontra-se de baixa médica deste outubro do ano passado, depois de outro longo período em que esteve ausente do executivo pelas mesmas razões. A vice-presidência tem sido assegurada pelo vereador Ricardo Pinteus, líder da estrutura local do PSD e que deverá ser anunciado em breve como cabeça-de-lista do partido às eleições autárquicas. Em face destas circunstâncias anómalas, deverá assumir a presidência da câmara enquanto se mantiver o impedimento da número dois.

Neste feriado municipal destaca-se a inauguração oficial do Polo Cultural e Social da Fonte, que, segundo a edilidade, vai procurar dar resposta a duas valências da comunidade: social e cultural. Onde outrora funcionaram as oficinas municipais foram investidos mais de 1,5 milhões de euros, numa reabilitação e conversão integrada no Plano de Ação de Regeneração Urbana do Cadaval, com comparticipação de 85% de fundos do FEDER. Inclui um espaço polivalente que vai permitir acolher iniciativas culturais, enquanto “espaço vivo, dinâmico e inclusivo”. Foi também colocada neste polo a Delegação da Cruz Vermelha do Cadaval e seguir-se-ão outras entidades, enquanto resposta social integrada para a comunidade. Este equipamento contempla também uma cozinha totalmente equipada que está preparada para responder a situações de catástrofe e, simultaneamente, a respostas de emergência devidamente enquadradas e a eventos associativos. Foi ainda lançado o livro ‘A Fábrica da Neve da Serra do Montejunto – Análise histórica e estado da questão’, que resulta do estudo da Real Fábrica do Gelo, da autoria de Patrícia Monteiro. E houve a apresentação do documentário promocional ‘Real Fábrica do Gelo da Serra de Montejunto’, pela empresa TOGUIDE UNIT360. Ambos foram apoiados pelo programa operacional Centro 2020. ■