Quando Caldas da Rainha comemora o centenário da vitória de José Tanganho, que também foi cavaleiro tauromáquico, na Volta a Portugal a Cavalo, o caldense Marco José também faz a sua despedida de 30 anos de toureio no país e no estrangeiro.
E a Festa do Cavalo Lusitano e o Museu do Ciclismo querem comemorar os dois eventos, com várias atividades, que mereceram o lançamento na passada semana numa sessão na Sociedade de Geografia em Lisboa.
Apoiada pelos municípios das Caldas e Batalha, respetivamente onde o cavaleiro nasceu e viveu com a sua família, um conjunto de figuras gradas e organizações da tauromaquia, associam-se a esta despedida pontuada por exposições sobre a sua carreira nas Caldas, corridas de despedida em várias praças do país, nomeadamente da terra natal em julho.
Na Sociedade de Geografia Vítor Escudero, Joaquim Grave e Martinez Amante, fizeram o elogio ao cavaleiro caldense, descrevendo a sua carreira e êxitos, e qualidades humanas. Houve também intervenções à distância por vídeo conferência de Espanha e México. No final Marco José fez um agradecimento emocionado a todos que considerou companheiros desta aventura, nomeadamente a sua família e as gentes da tauromaquia em Portugal e no estrangeiro, por onde ele passou. “Conheci pessoas e lugares maravilhosos, graças a esta profissão. A mais bonita que existe. Tantas vezes eu nasceria de novo, tantas vezes eu tentaria ser toureiro. Mas, uma vez aqui, entendo que há outros universos e outros caminhos para descobrir, além do que tem sido a minha vida desde criança” afirmou. Assim demonstrou a sua gratidão pelo apoio numa carreira difícil e perigosa que percorreu ao longo deste período de 30 anos.■