Os mariscadores licenciados para a apanha de percebe na Reserva Natural das Berlengas, e que integram o projecto Co-Pesca 2 pediram à Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Recursos Marítimos (DGRM) o fecho da actividade por tempo indeterminado, até que estejam reunidas todas as condições de segurança. Esta decisão é tomada para fazer face à situação de pandemia.
Apesar de a época de defeso obrigatório terminar no fim de Março, os 40 mariscadores pediram a implementação de uma moratória visando o fecho da pescaria naquela reserva natural. A DGRM já elaborou um despacho, que estará para ser publicado.
“Quando aprovada, a decisão de fechar a apanha será benéfica não só em termos de saúde pública, mas também para o próprio recurso (o percebe), que terá mais tempo para recuperar da exploração anterior. Desta forma, espera-se que no fim desta moratória, os mariscadores tenham uma maior disponibilidade de percebe de maiores dimensões que terá um valor comercial mais elevado”, refere o projecto Co-Pesca 2, em nota de imprensa.
Financiado pelo programa operacional MAR2020, o projecto pretende implementar um comité de cogestão para a apanha de percebe na reserva natural, bem como promover a cooperação entre autoridades, mariscadores, cientistas e ONGs para uma gestão sustentável da actividade. Iniciado em 2018, é liderado pelo Polo MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do IPL e integra duiversas entidades ambientais e ligadas ao ensino, que trabalham directamente com os 40 mariscadores. Conta ainda comdiversas entidades, muitas delas locais.