Os adeptos da actividade física já têm mais um local onde praticar desporto. A nova zona de manutenção fica situada na Mata Rainha D. Leonor, frente ao pavilhão, e é composta por seis equipamentos (alguns permitem mais do que um exercício) e uma zona de agachamentos, tudo com a respectiva placa indicativa.
O projecto foi concebido pelos professores Ricardo Pimenta e Catarina Lino e pelo aluno Francisco Santos no âmbito da sua Prova de Aptidão Profissional (PAP) do curso de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva, da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro. A construção dos equipamentos e a sua montagem no local foi da responsabilidade dos alunos do curso de serralharia do Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor.
À União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório, coube a tarefa de fazer os acabamentos do espaço, com saibre e os rebordos em tijolo. O custo total da obra ronda os 1500 euros e compreende os materiais utilizados, pois toda a mão-de-obra utilizada foi em contexto escolar.
De acordo com o professor Ricardo Pimenta, apostaram numa zona de desenvolvimento da aptidão física porque acreditam em espaços concentrados e não em circuitos, até por uma questão de maior segurança para as pessoas que assim poderão fazer a sua prática desportiva em grupo. “Se os equipamentos estivessem dispersos pela Mata a partir de determinada hora, se calhar havia pessoas que vindo sozinhas teriam alguma dificuldade a utilizá-los”, disse o professor aos jornalistas na apresentação do projecto, no passado dia 2 de Maio.
Esta zona de manutenção possui bastante visibilidade e está iluminada, o que permite que seja utilizada a qualquer hora. O presidente da união de freguesias, Vítor Marques, considera que a Mata “já está a ser mais visitada” e que as pessoas sentem-se “mais confortáveis” a visitar aquele espaço.
Resíduos são aproveitados
A “Terra do Mendes”, local como é conhecido parte da Mata Rainha D. Leonor, está transformado num espaço de compostagem, acolhendo, de forma ordenada, todos os resíduos provenientes das árvores e plantas da mata e parque.
A madeira é triturada e deixada, juntamente com a terra, a decompor, seguindo o seu processo natural. O húmus daí resultante é depois utilizado pelos jardineiros nos espaços públicos da cidade, evitando assim a compra deste composto.
Também está a ser aproveitada a lenha resultante de árvores secas. Alguns dos troncos darão origem a tábuas e outros, mais pequenos, serão aproveitadas para vender, tal como o composto.
Estas tarefas estão a ser feitas pelos utentes do CEERDL no âmbito do protocolo estabelecido com a União de freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório.