A intervenção é esperada há mais de uma década e será feita em nove meses, assegura o empreiteiro
Começaram, esta semana, as obras de reabilitação da Casa dos Seixos, com vista a albergar um espaço de ativação comunitária e os serviços da Junta de Freguesia da Amoreira. A intervenção, orçada em 486 mil euros, é realizada pelo consórcio Fullprojekts, lda e Fprimium, Lda e deve estar concluída em nove meses. A garantia foi dada pelo adjudicatário da obra, Filipe Marques, na cerimónia de assinatura do auto de consignação que decorreu a 6 de julho.
Trata-se de uma obra há muito desejada e que tem vindo a ser trabalhada por vários executivos da freguesia. “Temos parcas instalações ao nível da autarquia e também gostávamos de poder constituir um polo de desenvolvimento comunitário”, justificou a presidente da junta, Vanessa Rolim. De acordo com o presidente da Câmara, Humberto Marques, o espaço procurará “criar verdadeiras oportunidades, independentemente da natureza das pessoas, da sua ideologia e competências”, referindo-se à vertente de desenvolvimento comunitário. Este edifício irá juntar-se aos existentes em Óbidos e nas Gaeiras e que, de acordo com o autarca, já permitiram a criação de mais de uma centena de empregos e a realização de muitas pessoas, que assim alteraram o rumo das suas vidas.
“Pretende-se que este seja, também, um sítio para serviços da junta de freguesia, que possui falta de instalações dignas para prestar atendimentos ao público”, acrescentou.
Humberto Marques realçou a relevância desta requalificação, equacionando a pertinência deste investimento numa altura de pandemia.
“É, sobretudo, em tempos de crise que temos que ser seletivos nos investimentos, mas sobre este não há qualquer dúvida sobre a sua pertinência de execução, seja em que tempo for”, manifestou.
Segundo a memória descritiva do projeto, a intervenção baseia-se “nos princípios da intervenção mínima, da compatibilidade e da reversibilidade como meio de respeitar, preservar e recuperar os valores estéticos, históricos, arquitectónicos e urbanísticos inerentes aos edifícios de valor patrimonial”. Pretende-se ainda que a Casa dos Seixos possa constituir um “exemplo de boas práticas” e “contributo para promover saberes ligados à construção tradicional que estão em risco de se perder”. ■