A aproveitar o sol de Inverno e um dia de folga, Mariana Augusto ia a passear com a filha e o marido pela praia da Foz do Arelho na tarde de sábado. O marido ia à frente, a filha atrás a apanhar conchas. De repente, a cerca de dez metros da Avenida do Mar, pisa uma tampa de esgoto que estava tapada pela areia, tendo caído num tubo de águas pluviais com mais de dois metros de profundidade.
“A tampa virou e caí. Fiquei segura pelos braços e só de lá saí com a ajuda do meu marido”, contou à Gazeta das Caldas. O casal sinalizou o buraco com canas e foi à Capitania da Foz do Arelho.
“Foi-nos dito que [a Capitania] estava desactivada e que só faz atendimento à quinta-feira, portanto tinha que ligar para o 112 e eles falavam com a Capitania de Peniche”, referiu, contando que não o chegou a fazer porque não tinha ferimentos graves e porque a filha estava muito assustada.
Mariana Augusto raspou a canela e na terça-feira ainda se queixava de dores nos ombros e braços que resultaram da força que fez para não cair. “Se calha a ser um miúdo…”, conclui, sem terminar a ideia.
Na terça-feira, ou seja, três dias depois, o tubo ainda estava por fechar.
Gazeta das Caldas tentou obter mais esclarecimentos junto da Câmara das Caldas e da Capitania de Peniche. A autarquia esclareceu que a tampa é de uma caixa do colector de águas pluviais provenientes da Avenida do Mar e que, assim que tomou conhecimento do incidente através das perguntas da Gazeta das Caldas, enviou logo um técnico para se inteirar da situação. O município agendou para a manhã de quarta-feira, (após o fecho desta edição) os trabalhos para fixar a tampa e evitar mais acidentes.