Débora Jost Traesel
Brasil (de 2000 até 2012 em Caldas da Rainha)
27 anos
Payerne, Suíça
Ortodontista
Percurso escolar:
Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro e Universidade Católica Portuguesa
O que mais gosta do país onde vive?
O que mais gosto é a natureza, a maneira como todos também a apreciam e aproveitam os tempos livres para se ocuparem com actividades ao ar livre; há muitas escolhas tanto no Inverno como no Verão, desde actividades nos lagos, como nas montanhas. Os suíços são pessoas muito activas que aproveitam bem a vida ao ar livre.
O que menos aprecia?
Nós temos a tradição de refeições tardias, prolongadas e bem aproveitadas. Aqui não há muitos lugares que aceitam que o cliente chegue depois das 21h30 para jantar, por exemplo. Tirando este pequeno detalhe, não há muitas coisas que não aprecie.
De que é que tem mais saudades de Portugal?
Dos amigos e família, do contacto do dia-a-dia, do mar.
A sua vida vai continuar por aí ou espera regressar?
Não tenho planos concretos para o futuro. Por enquanto ficarei por cá, onde sou realizada profissionalmente e onde tenho segurança de um futuro mais estável.
“Um país que recebe bem quem aqui chega com vontade de trabalhar honestamente”
Na Suíça os profissionais de cada área são respeitados e tratados com dignidade. É um país que recebe bem quem aqui chega com vontade de trabalhar honestamente. É um país que está acostumado a receber emigrantes de várias partes do mundo, sendo difícil encontrar um suíço “puro”.
Vivo numa cidade pequena, com uma grande e significante comunidade portuguesa, onde há a associação portuguesa e um café bem português que enche quando há jogos da selecção.
Os preços das coisas mais básicas (café, sandes, frutas, etc.) é bastante mais elevado do que em Portugal, mas em contrapartida o rendimento no final do mês também é mais alto, sendo possível ter uma vida social. Claro que se começarmos a fazer o câmbio a cada vez que formos ao supermercado fica um pouco difícil aceitar o preço das coisas, mas também é apenas mais um aspecto que temos que nos habituar.
Em relação ao clima vê-se uma diferença maior no Inverno, quando as temperaturas baixam bastante, mas nem isso impede as pessoas de saírem de casa e se divertirem: todos os estabelecimentos comerciais, transportes públicos e residências estão muito bem preparados em termos de climatização.
Os transportes públicos funcionam muito bem e levam-nos a qualquer lugar. Porém não são nada acessíveis financeiramente, dificultando principalmente a vida dos turistas.
Uma das coisas que faz maior confusão ao princípio é não ter acesso aos centros e estabelecimentos comerciais aos domingos e feriados, mas também é uma situação facilmente ultrapassável.
A todos que tiverem possibilidade, aconselho a visitarem a bela Suíça, seus chocolates e queijos.
Débora Jost Traesel