Obras no areal da Foz põem tesouro a descoberto

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A intervenção das máquinas pôs o tesouro a descoberto
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As obras para proteção do emissário submarino, que estão a decorrer entre a zona do cais e o mar, na Foz do Arelho, colocaram a descoberto o que poderá ser “um tesouro”, proveniente de um dos naufrágios ocorridos na zona, nos séculos XVIII e XIX. A descoberta ocorreu na semana passada, quando uma das máquinas estava a abrir um buraco no areal para afundar o exutor e, juntamente com a areia apareceu um baú, que foi de imediato entregue às entidades responsáveis. Gazeta das Caldas sabe que o conteúdo da caixa contém moedas e algumas jóias, que estão a ser analisadas pela equipa multidisciplinar que fez a Carta Arqueológica das Caldas da Rainha.

Questionado o presidente da Câmara remeteu mais explicações para depois de apurados os resultados científicos. No entanto, Gazeta das Caldas sabe que a autarquia caldense já foi contactada pelo ministério da Cultura inglês, que pretende adquirir o “tesouro”, que terá sido de um dos navios oriundos daquele país. Por seu lado, a autarquia vê com “bons olhos” este interesse britânico e equaciona utilizar parte do valor do “tesouro” na recuperação dos Pavilhões do Parque, transformando-os finalmente, não num hotel de cinco estrelas, mas numa estância termal. Esta reabilitação, além de apoiar o Hospital Termal e permitir a reabilitação dos pavilhões, também será uma forma de honrar o compromisso da Rainha, permitindo que todos possam ter acesso aos banhos e alojamento enquanto estão a fazer os tratamentos termais.

Entretanto, na Foz do Arelho continua a intervenção para proteger o emissário (ou exutor) submarino, que é, na prática, um tubo que transporta as águas residuais tratadas da ETAR por mais de dois quilómetros, para o mar, mas agora com cuidados redobrados, não vá aparecer mais algum vestígios dos vários naufrágios ali existentes entre os séculos XVII e XIX.

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