Oeste Lusitano vai ter mais espectáculos e mais expositores

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Gazeta das Caldas
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Picadeiro_7155Mais espectáculos, com maior diversidade, e mais expositores para o artesanato e para os criadores de cavalos é o mote para o Festival Oeste Lusitano, que se realiza de 15 a 17 de Maio no Parque D. Carlos I.

A edição de 2014 do Festival do Cavalo Lusitano do Oeste foi um sucesso estrondoso e colocou a fasquia bastante elevada para a organização deste ano da Associação de Criadores de Puro Sangue Lusitano do Oeste (ACPSLO). O estatuto não intimida, mas a associação que quer mais e melhor para o evento que o Parque D. Carlos I acolhe pela quarta vez em cinco anos.
A edição deste ano mantém tudo o que de melhor tem tido em redor do cavalo criado no Oeste, desde os expositores aos desfiles e demonstrações equestres, ou aos baptismos de sela. Mas a grande aposta passa por aumentar a oferta e a diversidade dos espectáculo e também um envolvimento ainda maior da sociedade, dos artistas e artesãos caldenses.
“O parque não nos permite ter competição ou outro tipo de actividade como existe noutras feiras. Sair do parque seria um crime, e não há outro local nas Caldas para um evento destes, por isso o caminho é aprimorar o espectáculo para que seja cada vez mais envolvente”, disse Jorge Magalhães, presidente da ACPSLO à Gazeta das Caldas.
Quem visitar o parque por esses dias vai ter, por isso, uma grande variedade de espectáculos a acontecer de forma constante e em diversas localizações.
Fado, música contemporânea, música clássica, orquestras, ranchos folclóricos são algumas das ofertas musicais ao longo dos três dias. Este ano o festival terá ainda uma aposta forte na dança contemporânea envolvida com cavalos e também um maior aproveitamento das zonas de suspensão aérea.
“Tivemos uma pequena experiência que correu muito bem na fachada dos pavilhões do parque. Estamos a fazer esforços para viabilizar as condições de segurança para termos dança vertical ‘à séria’ nesse local, para divulgar esse património”, refere Jorge Magalhães.
O reforço da aposta nesta componente do festival passa também por um reforço da qualidade do som e dos efeitos de luz.

Expositores esgotados um mês antes

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O que também será reforçado na edição deste ano é a participação da sociedade caldense. Tendo em conta que no ano passado os expositores disponíveis esgotaram rapidamente, para este ano o número de stands foi aumentado, mas também esgotou um mês antes do evento.
No entanto, Jorge Magalhães adianta que o número não será aumentado, para não descaracterizar o parque. “Queremos que exista espaço para as pessoas verem o parque, senão não valia a pena ser ali”, explica Jorge Magalhães.
Entidades como o turismo, os silos, instituições de ensino, têm stands oferecidos pela organização. Os espaços que geram receita, como é o caso dos bares, foram cedidos a “instituições com trabalho social, como o Caldas SC, os Pimpões e a Monte Olivett”, acrescentou o presidente da ACPSLO.
Imprescindível é também manter a parte equestre forte. O certame é uma montra para os criadores oestinos e Jorge Magalhães diz que tem notado de ano para ano “um aprimorar do produto pois as pessoas querem ter cada vez mais qualidade”, afirma.
A Coudelaria Real, convidado de honra no ano passado, vai repetir a presença, e este ano a organização recebeu uma declaração de intenção de presença de uma das melhores coudelarias privadas do país, a Leonardo Franco. “Tem a égua Batuta, que é montada pelo olímpico Gonçalo Carvalho e está no topo da Dressage [modalidade equestre]”, refere Jorge Magalhães.
Os proprietários desta coudelaria quiseram também patrocinar a feira com a sua marca de rações, o que a ACPSLO declinou. “Temos um compromisso de ética com associados que vendem rações, aceitámos que estivessem presentes, mas não como sponsor. Vivemos o ano inteiro com as pessoas do Oeste e são essas que são importantes para nós”, explicou Jorge Magalhães.
O evento deste ano será publicitado nas estações de televisão através de um spot produzido pelo caldense Miguel Costa, que Jorge Magalhães classifica de inédito. “É a história de um cavalo que se solta no Oeste e que convida outros cavalos a visitar o Oeste Lusitano”, conta, acrescentando que para a gravação os cavalos andaram em liberdade na lagoa, no campo e na cidade.
À imagem dos anos anteriores, os principais apoios do evento são a Câmara das Caldas, a Escola de Sargentos do Exército, a Escola Secundário Rafael Bordalo Pinheiro e os Silos – Contentor Criativo.

Largadas de touros devem continuar

Uma das novidades da edição de 2014 foi a realização de largadas de touros numa das zonas do parque, junto à entrada do lado da fábrica Bordallo Pinheiro. As largadas foram um grande chamariz e tiveram sempre muito público, mas não deixaram de criar alguma polémica entre os caldenses pelos possíveis estragos que poderia causar.
A ACPSLO recorda que a organização destes eventos não é da sua responsabilidade, que passa pela câmara das Caldas e uma empresa privada.
“Ser ou não ali é discutível, mas não cabe a nós decidir. Se for, e tudo indica que sim, é uma actividade como as outras, que entram no programa de forma cooperativa, como são as do Sana e do Museu Malhoa”, conclui Jorge Magalhães.

Desta vez o Parque vai ter luz

Um dos problemas da edição do ano passado foi a reduzida iluminação eléctrica. Este ano o problema não deverá existir. A câmara das Caldas vai iniciar um processo de renovação da instalação e iluminação eléctrica do parque que estará já a funcionar para o Oeste Lusitano.
Hugo Oliveira, vice-presidente do município, adiantou à Gazeta das Caldas que as obras visam dotar o Parque D. Carlos I de um posto de transformação (PT) próprio e substituir uma parte da iluminação. O arranque dos trabalhos será tão breve quanto possível, mas o autarca não adiantou que custos terá para o município, uma vez que o projecto ainda está a ser feito.
Apesar do parque estar ainda sob alçada do Centro Hospitalar do Oeste, a autarquia decidiu avançar já com estes trabalhos pelo interesse da intervenção para a realização deste e de outros certames.
Novidade para esta edição do Oeste Lusitano é que a ilha do lago (no Parque), que está inacessível ao público há vários anos, vai ser um dos palcos de espectáculos. Para que isso foram realizados trabalhos para viabilizar a segurança da vedação do passadiço e criadas acessibilidades para pessoas de mobilidade reduzida. Estes “pequenos trabalhos” foram realizados pela junta de freguesia de Nª Sra. Do Pópulo, Coto e S. Gregório, como referiu à Gazeta o presidente Vítor Marques.

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