Comunidade Intermunicipal do Oeste pede mais 2 milhões de euros para repôr a normalidade nos transportes públicos e respeitar a lotação máxima
O presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste, Pedro Folgado, solicitou recentemente o reforço do financiamento, por parte do Governo, para os transportes públicos na região.
Segundo o autarca, esse reforço está ligado à “necessidade de desdobrar a oferta de transportes públicos no Oeste e na oferta para Lisboa”, com os milhares de pessoas no fluxo diário que existe para esta área metropolitana. Estima-se que por dia viajem para a capital cerca de 5000 oestinos. A esse facto há a acrescentar “o reforço do transporte escolar” , o que leva a Comunidade Intermunicipal do Oeste e os municípios a compensar os operadores de transporte público em mais de 4 milhões de euros (um valor que é o dobro dos dois milhões investidos em 2019 no PART). Por outro lado, há a questão da limitação da lotação dos autocarros a dois terços da totalidade.
Estes valores foram apurados “tendo em consideração o segundo semestre” do ano, frisou o presidente da Câmara de Alenquer.
“É tão particular a situação do Oeste no contexto da presente política pública que, de acordo com o relatório do Programa de Apoio à Redução Tarifária, esta foi a região com maior taxa de execução em todo o território nacional, com cerca de 140%”, realçou Pedro Folgado.
A região Oeste garante que “tudo está a fazer para repor a normalidade possível no âmbito dos transportes públicos”, mas que este esforço “não dispensa o reforço do financiamento”, por parte do Governo, para os transportes públicos na região. Esse reforço irá permitir que o objetivo de repor a normalidade nos transportes públicos seja concretizável, mas sem que, com isso, “se atinjam níveis de financiamento incomportáveis para os municípios que a integram”.