Um conjunto de pais de alunos do 10º ano dos cursos de Restauração e Pastelaria e Informática da Escola Secundária Josefa d’Óbidos criou uma página no facebook a contestar a conduta de um professor que já foi condenado duas vezes por exibição de órgãos sexuais a menores.
O professor Carlos Silva, que actualmente está a ser alvo de um processo disciplinar motivado por várias queixas de encarregados de educação, é acusado de não ser profissional e de provocar os alunos, a quem até insulta constantemente.
Segundo os pais que criaram a página (“Juntos contra má conduta do professor”), o docente dá matéria que não está no programa, mas o pior é que “tanto está bem, como a seguir está bastante perturbado e insulta os alunos com nomes impróprios”.
As aulas entretanto terminaram, mas antes disso os alunos começaram a temer ir às aulas daquele professor. “Eles vão para as aulas num estado nervoso elevado, pois ele consegue destabilizá-los ao ponto de perderem a cabeça e responderem mal, acabando por terem participações por parte do professor”, contou à Gazeta das Caldas a mãe de um dos alunos.
Os encarregados de educação não entendem como é possível que Carlos Silva possa continuar a dar aulas numa escola, depois de ter sido condenado por exibir o pénis a meninas com idades entre os seis e os nove anos numa escola primária das Caldas da Rainha. Factos que remontam há 11 anos.
Segundo os pais com quem falámos, foram apresentadas várias queixas à direcção, tanto por parte conjunta dos alunos, como individualmente por parte de alguns pais. “Também foi feita queixa à Inspecção Geral de Educação e Ciência e iremos escrever uma reclamação no livro amarelo”, disse.
Da parte da direcção da escola, tem-lhes sido dito que todas as participações fazem parte de um processo que estará a ser finalizado.
A Gazeta das Caldas contactou o presidente do Agrupamento Josefa d’Óbidos, Artur Oliveira, que não respondeu directamente às nossas questões limitando-se a dizer que “o assunto se encontra a ser tratado pelas vias legais competentes, encontrando-se na decorrência disso e nos termos da Lei em segredo de justiça”.