Parque de Campismo e Parque Aquático de Peniche já tem gestão privada

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Vale Paraíso Empreendimentos Turísticos, empresa da Nazaré, ganhou concessão para os próximos 25 anos e vai investir 22 milhões de euros na cidade

O Parque Municipal de Campismo e Caravanismo e Parque Aquático de Peniche passaram a ser geridos, desde ontem, pela empresa Vale Paraíso Empreendimentos Turísticos, SA, da Nazaré, gestora da marca Ohai Outdoor Resorts.
O prazo da concessão é de 25 anos e a empresa, que explora outro parque de campismo no concelho da Nazaré, vai pagar 750 mil euros por ano ao Município de Peniche, divididos por quatro prestações. Foi a única empresa que concorreu ao concurso público lançado em janeiro.
Contra todas as expetativas geradas em torno deste negócio pioneiro para o município, o chefe do executivo municipal, Henrique Bertino, conseguiu, assim, cumprir um dos seus objetivos políticos do mandato.
“É a prova e demonstração do que venho dizendo e que é uma grande apetência dos investidores que acreditam no concelho de Peniche, porque tenho a convicção de que é o mais apetecível da região Oeste. E fui particularmente teimoso neste processo”, destacou o autarca à Gazeta.
O investimento que a concessionária vai ter de promover nos próximos seis anos é superior a 22 milhões de euros, 16 dos quais serão aplicados na melhoria do parque de campismo e 6 no parque aquático. Segundo a autarquia, os trabalhos vão requalificar o parque de campismo para um espaço especializado em turismo de qualidade, com infraestruturas que respeitam a natureza e que permitam a sua fruição o ano inteiro, com uma grande intervenção na área paisagística com a plantação de árvores, plantas e vegetação, dinamização e valorização da economia local. Estão, também, definidas zonas para caravanas e autocaravanas, áreas de alojamento com ‘glampings, domes e mobiles’.
O parque de piscinas vai dispor de piscina interior e outra exterior aquecida, ‘tobogãs’, estações de bicicletas e de ‘surf’, parque infantil de última geração e campos de padel. O projeto, ainda em fase de aprovação nos serviços municipais, inclui ainda campos de futebol e de salto, bem como cabine de sauna, jacuzzi e zona de spa. O projeto demonstra também preocupações ambientais, com utilização de energias renováveis e aproveitamento de resíduos, reflorestação e postos de recarga para veículos elétricos.
“Para mim era inevitável este passo porque conheço bem as insuficiências do nosso parque, mas também reconheço as boas capacidades que possui. Este equipamento está desatualizado e não possui a dignidade que se exige”, justifica Henrique Bertino.
“O Município de Peniche não tem capacidade financeira para investir 4 milhões de euros apenas neste equipamento, pois praticamente esgotaria a capacidade de endividamento e inviabilizaria a concretização de outros projetos que queremos avançar rapidamente”, sublinhou o autarca. ■

Autarquia acredita que parque estará “totalmente renovado” dentro de um ano

Eleito como independente mas um autarca assumidamente de esquerda, Henrique Bertino considera que há áreas em que “o privado tem melhores condições, pelas suas características, para gerir alguns negócios que o próprio Estado”. Neste caso, o investidor quer criar “o melhor parque de campismo do país” e está “muito optimista” quanto a esse desiderato.
Os 16 funcionários municipais afetos ao Parque Municipal de Campismo e Parque Aquático têm a opção de, “a título experimental, regular ou definitivo” e através da concessão de licença sem vencimento, pela continuidade da realização das funções no parque por conta da nova empresa pelo período máximo de um ano. Depois, terão de optar pela desvinculação do quadro municipal ou por continuar na autarquia, mudando de funções para outro setor municipal. “A título definitivo, o arrendatário incorre na obrigação de assegurar os direitos que o trabalhador detenha ao dia da sua transferência”, assegura a edilidade.
Entretanto, os campistas receberam, na passada terça-feira, uma carta da Câmara de Peniche a informar sobre a mudança de gestão e a dar conta de todo o processo. Alerta a missiva que “a decisão sobre a retirada dos equipamentos para a realização de obras, respetivas condições e nova alocação dos espaços caberá ao arrendatário, sendo que a movimentação dos equipamentos é da responsabilidade de cada proprietário”. ■

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