Phoz Plage cumpriu a tradição do primeiro banho do ano em manhã solarenga

0
1092
Gazeta das Caldas
O grupo que participou na peladinha e no primeiro mergulho de 2019 em águas do Oceano Atlântico

Cerca de quatro dezenas de convivas reuniram-se para o primeiro banho do ano na Foz do Arelho. Esta é uma iniciativa do Phoz Plage que se realiza há largos anos e que atrai dezenas de curiosos de várias gerações. Manda a tradição que se jogue uma “futebolada” antes do banho no mar.

Os “malucos” que ano após ano se juntam no areal da Foz do Arelho para cumprir a tradição do primeiro banho do ano tiveram em 2019 a sorte de ver o sol brilhar.
A manhã começa sempre com a colocação das balizas e com a escolha das equipas. E aqui todos jogam, independentemente da idade, do peso ou da habilidade técnica. Entre os participantes há malta de várias gerações.
Este ano as equipas eram de 20 elementos cada, os plagianos jogaram a típica peladinha – que em 2019 foi desequilibrada, terminando em 5-1 – e no final, como é hábito, quem perdeu carregou as balizas.
Depois do encontro, o grupo dirige-se para a zona do mar, onde é então celebrado o primeiro mergulho do ano, nas frias águas do Oceano Atlântico.
A seguir ao banho, claro, um brinde ao novo ano com espumante e a comer uma fatia de bolo-rei, já na avenida dos bares.
Marco Custódio é o actual presidente do Phoz Plage e lembrou que este é um grupo que joga todos os domingos e feriados e que está aberto à participação de todos aqueles que queiram jogar à bola, fazer exercício físico e, essencialmente, conviver, que é o mais importante depois de uma semana de trabalho. “É à borla, algo que já há pouco hoje em dia, não se aleijam quando caem na areia e o grupo é espectacular”.
O primeiro dia do ano traz sempre mais elementos. Durante o ano, os participantes rondam, em média, os 25. “Há quem já não tenha condições para jogar todos os domingos, mas que vem sempre no primeiro dia do ano”, explicou.
Entre os participantes está sempre o Sr. João, que é um dos elementos da fundação e que apesar de já não jogar, todos os domingos vem ter com o grupo. Foi ele quem celebrou o brinde no primeiro dia do ano.
O grupo já teve participações de mulheres, mas ultimamente estas não têm aderido. “Tento sempre motivar e incentivar a trazerem amigos e amigas, mas este é um desporto um bocadinho áspero, não há faltas nem árbitro”, justificou Marco Custódio.
Quando alguém dá uma porradinha, sabe que está a colocar-se a jeito de levar uma também, mas o “chatear” é momentâneo. As pequenas quezílias e discussões que se travam dentro de campo, “são o sal e a pimenta disto”, mas no final ninguém se aborrece.
Todos os domingos e feriados os plagianos estão presentes na Foz do Arelho e quando a meteorologia não permite, ou não têm elementos suficientes, juntam-se à conversa e a beber um café na Avenida dos Bares.

Dos 8 aos 80 – a união das gerações

Um dos mais novos do grupo era Tiago Seixas, que tem 16 anos e já há alguns anos participa. “Sempre que posso venho, principalmente no dia 1 de Janeiro, porque é sempre giro jogar com esta malta porreira, de diferentes idades”, referiu.
Considera que esta é uma boa forma de começar o ano, mas não se arriscou no banho. “Muitas das vezes não vou, por causa do frio”, contou.
Entre os participantes estava ainda José Maçãs, que já há mais de 30 anos faz parte do Phoz Plage. “Com este sol é tudo diferente. Nos últimos anos tivemos chuva e o mar estava muito agitado. Este ano o mar está excelente e está uma manhã espectacular”, referiu.
Todos anos participa pelo convívio. “Isto começa logo pela manhã, por volta das 9h00, em casa de um amigo, onde há umas febras a grelhar e assim, depois vimos em caravana para aqui”, afirmou.
O mais experiente do grupo é Carlos Santos, que tem 76 anos e a alcunha de “Placas”. Todos os domingos e feriados vem jogar com o Phoz Plage. “Venho fazer peso à areia, porque jogar já não jogo, já joguei. Agora não me importo de ser o último a ser escolhido, porque há trinta anos era dos primeiros”, brincou.