Pilar del Rio e Chico Diaz à conversa com alunos da ETEO

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A responsável pela Fundação Saramago e o ator que dá vida a Ricardo Reis partilharam ideias com alunos caldenses

Jornalista espanhola e o ator brasileiro estiveram na escola profissional para falar sobre Saramago e sobre o filme feito sobre F. Pessoa

 

Foi com o auditório da Escola Técnica Empresarial do Oeste (ETEO) repleto que se realizou, a 27 de outubro, um encontro literário com Pilar del Rio, viúva de José Saramago e responsável da Fundação José Saramago, e com o ator Chico Diaz que interpreta o papel de Ricardo Reis no filme e série de João Botelho, “O Ano da Morte de Ricardo Reis”. A sessão correu de forma informal com várias perguntas dos alunos sobre Saramago e sobre o filme que se dedica a um dos heterónimos de Fernando Pessoa. Falou-se sobre obras favoritas e sobre o facto de ter sido um ator brasileiro a interpretar Ricardo Reis. “Vivemos num tempo de informação superficial e fragmentada, que é o contrário do que a literatura oferece”, partilhou o ator com os alunos. Pilar del Rio, por seu lado, convidou os alunos da ETEO a conhecer os locais geográficos por onde andou Fernando Pessoa e onde Saramago colocou Ricardo Reis. “Nestas ruas houve arte e seria bonito se pudessem conhecer”, disse a convidada que ficou a conhecer que estão a ser projetadas várias iniciativas em Lisboa como a construção de uma rota referente a Fernando Pessoa pelos alunos caldenses, tal como contou a professora Celeste Afonso, uma das responsáveis pela iniciativa. A obra “O Ano da Morte de Ricardo Reis” fez Pilar deslocar-se a Portugal para conhecer o local e, mais tarde, o próprio autor com quem depois casou. Também considera que o livro “As Intermitências da Morte” é um grande romance mas, se só pudesse escolher um para levar para uma ilha deserta, escolheria “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”. Chico Diaz aconselhou os alunos que já tinham visto o filme “que é um recorte sintético do realizador” a ver também a série (disponível na RTP Play) pois esta, com cinco horas,”permite uma maior aproximação à obra saramaguiana”. ■