Comemoração reuniu mais de 30 pessoas na manhã de domingo, no Paul de Tornada
A plantação simbólica de cinco árvores ripícolas freixos) no Paul de Tornada e a realização de uma caminhada com um total de quatro quilómetros, percorrendo aquela reserva natural local, na manhã do passado domingo, foi a forma de assinalar o 36º aniversário da Associação de Defesa do Paul de Tornada – PATO.
As comemorações, que terminaram com o cantar dos parabéns à associação, o corte do bolo (a fazer lembrar o tronco de uma árvore, com cogumelos) e um convívio, reuniram mais de 30 pessoas de diversas gerações, numa atividade familiar, que deu a conhecer melhor aquele tesouro ambiental do concelho das Caldas.
Ana Rita Ramos, que é presidente da Associação PATO há já sete anos, salientou a forte adesão da comunidade às iniciativas do aniversário. “Fizemos anos na segunda-feira, mas decidimos comemorar neste dia”, explicou.
Atualmente a associação ambiental mantém projetos que já vêm de outros anos, como o Bio-Lagoa de Óbidos e o Centro Educativo e Ecológico do Paul de Tornada. “Temos agora um projeto mais recente, que está a ser um trabalho a nível nacional, e no qual estamos a chegar a outros distritos, chama-se Emys Vai à Escola”, esclareceu Ana Rita Ramos.
Este projeto, que é de participação gratuita, tem como objetivo “sensibilizar os professores e os alunos para os cágados autóctones e o ecosistema natural, não só do Paul, mas dos rios e ribeiras onde se encontra esta espécie”, contou.
É que o cágado-de-carapaça-estriada é uma espécie nativa de Portugal, ameaçada, com estatuto de conservação “Em Perigo”.
A primeira fase do projeto, que foi elaborado de acordo com os objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 e da Estratégia Nacional para a Educação Ambiental 2020, é apoiado pelo Fundo Ambiental e vai decorrer até dezembro, “mas o objetivo é depois encontrar outros apoios para lhe dar continuidade”.
Cerca de 600 sócios ativos
A Associação PATO tem atualmente “perto de 600 sócios, que não são muitos para uma associação com tantos anos, mas são sócios de há muito tempo e que se mantém ativos, que, não só pagam as quotas, mas vêm participar nas atividades e ajudar a associação”.
A equipa, além da direção – que trabalha de forma voluntária -, conta com duas biólogas e uma professora em mobilidade estatutária (pelo segundo ano consecutivo), contando ainda com a preciosa colaboração de vários voluntários.
A presidente da associação deixou ainda um “convite para virem participar nas nossas atividades que vão decorrendo ao longo do ano”.
Sara Miradouro Moreira revelou que o número de visitantes do Paul de Tornada rondará os quatro mil anuais. Destes, a comunidade educativa representa mais de metade, recebendo alunos não só de de escolas das Caldas e concelhos limítrofes, mas também, e cada vez mais, de todo o país, que visitam a região e aproveitam para conhecer este espaço.
Além da preservação e dinamização do Paul de Tornada, a Associação PATO realiza várias ações de educação e de sensibilização ao longo do ano.
Anilhagens científicas, limpezas de praia, libertação de animais selvagens e controlo de espécies invasoras são apenas alguns dos exemplos de ações que desenvolvem no concelho. ■