O Caldas não aproveitou a expulsão de Bruno Gonzalez, ainda antes da hora de jogo, para ser a primeira equipa a marcar e a ganhar na presente época à U. Leiria. Os caldenses atacaram mais, mas sem Diego Zaporo, que saiu no decorrer da primeira parte, não conseguiram aproveitar as situações que conseguiram criar.
Os leirienses começaram o jogo com uma demonstração de força, num futebol fluído pelas faixas laterais, apoiado na capacidade de cruzamento dos extremos que pôs à prova a estabilidade da defensiva do Caldas, que se aguentou bem.
Os alvinegros tiveram que começar por recuar no terreno, juntando as linhas para formar um bloco compacto, que se foi depois alargando à medida que a confiança lhes permitiu perceber que podiam disputar o jogo noutras áreas do campo.
E assim foi. O Caldas começou a dominar a zona de meio campo e a ter depois preponderância em terrenos mais ofensivos. Nessa altura, porém, já João Rodrigues tinha rendido Diego Zaporo, que se ressentiu de um problema físico. O Caldas acabou a primeira parte com mais cruzamentos, mais pontapés de canto e mais remates – embora apenas um cabeceamento de Diego Zaporo tenha saído enquadrado com a baliza. Essa era a pecha, a definição do último momento dos lances. E também nos lances de bola parada a predominância era de quem defendia.
A segunda parte não foi diferente e o domínio do Caldas, que foi ligeiro na primeira parte, acentuou-se na segunda, principalmente depois da expulsão nos leirienses. Jorge Casquilha reformulou a equipa para um 4-4-1, mas ainda assim o Caldas conseguiu alguns movimentos que ameaçaram perigo até ao último passe. Paiva, de resto, acabou por ter pouco trabalho. E no lance em que o Caldas conseguiu, de facto, marcar, parece que houve falta de Rony, que sozinho deu conta dos três defesas que saltaram com ele.
O Caldas apanhou o Castelo Branco, mas também viu a Naval e o Sertanense aproximarem-se e a luta pelo segundo lugar é agora a quatro.
MELHOR DO CALDAS
Rony 4
Não deu um milímetro ao possante e experiente Yontcha, de tal forma que ao minuto 56 o avançado acabou substituído. Esteve no único lance que acabou por dar golo, embora anulado, ao ganhar um lance de cabeça a três adversários, mas o árbitro considerou que houve falta.
Paulo Inácio, jogador do Caldas
Resultado justo
Foi um jogo bem disputado, muito táctico entre duas equipas que se conheciam bem e o resultado é justo face às poucas oportunidades de golo que existiram. Apesar de termos jogado quase 30 minutos contra 10 talvez tivéssemos que arriscar mais um bocado mas estávamos sujeitos a sofrer golo num contra-ataque, porque eles são perigosos nesses lances. Sabemos que o Leiria é o líder, nós estamos a fazer o nosso campeonato, tentámos ganhar os três pontos, não foi possível, vamos tentar ganhar em Castelo Branco. A nível pessoal está a correr bem, tenho ajudado a equipa, mas o mais importante é ganharmos e estarmos bem.
Ricardo Moura, treinador do Caldas
Somámos um ponto
Foi um jogo equilibrado na maior parte do tempo. Na segunda parte tivemos supremacia da posse de bola com a expulsão, tentámos chegar de todas as maneiras à baliza adversária, mas o Leiria é uma equipa muito compacta e consistente em termos defensivos. Tentámos tornar a equipa mais ofensiva. O golo não apareceu mas fiquei satisfeito com a atitude da equipa, a ambição e a coragem de jogar de pé para pé. Não era o que queríamos, mas não podendo ganhar somámos um ponto. A presença do Diego na parte final seria importante, mas vinha de uma lesão e teve uma recaída, mas quem entrou cumpriu com o plano de jogo.
Jorge Casquilha, treinador da U. Leiria
Expulsão obrigou a recuar
Primeira parte equilibrada, as duas equipas tentaram o golo, tivemos o controlo do jogo. Quando arriscámos com a troca do ponta-de-lança tivemos a expulsão e o jogo mudou. O Caldas pressionou e obrigou-nos a recuar e fomos uma equipa unida.