Região deu as boas-vindas a 2023 com esperança no horizonte

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No Oeste, apenas Peniche optou por cancelar os festejos na rua. Na Foz do Arelho, em São Martinho ou na Nazaré a festa foi de arromba, com milhares a entrarem no Ano Novo com um pé na areia.

Após dois anos marcados pela pandemia, o “réveillon” voltou a atrair milhares de pessoas para os espaços públicos da região, nomeadamente as praias. A ameaça de mau tempo levou a Câmara de Peniche a cancelar os festejos, mas na Foz do Arelho, em São Martinho do Porto ou na Nazaré a festa foi de arromba, com muitos a optarem por entrar no novo ano com um pé na areia. E com esperança no horizonte.
A Foz do Arelho celebrou a passagem de ano com animação musical e pirotécnica, numa noite amena e pouco ventosa. Mais de mil pessoas, da freguesia e não só, deslocaram-se ao Largo Francisco Sá Carneiro (na zona do cais) para ouvir a NovaSom Band/LMC Band, de Castelo de Paiva, assistir ao espetáculo de fogo de artifício e dançar ao som de DJ Gabi.
A organização foi da Junta de Freguesia, em parceria com a Câmara das Caldas e a Associação de Bares de Praia da Foz do Arelho, que há quatro anos que promove o lançamento do fogo de artifício, junto à rotunda da Avenida do Mar, com fundos angariados nas Festas de Verão e com o apoio da autarquia.
Este ano, o programa foi alargado e a Junta entrou para organizar a animação musical e para convidar detentores de bares na Foz do Arelho para ali montarem bancas de comes e bebes, resultando em três bancas presentes no evento. Mas este projeto já era desejado há algum tempo pelo presidente da Junta de Freguesia da Foz do Arelho, Fernando Sousa, que dirige a freguesia desde 2013.
“Foi a primeira vez porque também só agora é que tive um ‘sim’ para fazer, porque já há sete ou oito anos que era uma das ambições que tinha, fazer uma passagem de ano na Foz”, contou.
Face ao sucesso deste ano, que “superou” as suas expetativas, dado o alerta de mau tempo, que diminuiu a afluência de pessoas, e dada a oferta já célebre em locais vizinhos como São Martinho do Porto e Nazaré, o presidente da Junta prevê aumentar a escalada do evento nos próximos anos, que este ano envolveu um investimento de cerca de 10.000€, sem contar com os 10 minutos de fogo de artifício, que foi lançado em terra e que pôde ser admirado em toda a extensão costeira da Lagoa de Óbidos.
Sentados na areia era possível avistar os diferentes focos de fogo de artifício, desde o Bom Sucesso, percorrendo a margem até ao cais da Foz, uma interessante panorâmica.
A divertir-se na festa encontramos o caldense António Simões, que nunca tinha passado o réveillon na Foz da Arelho, mas gostou. Veio com a família e com amigos e elogiou a animação que encontrou junto à zona do cais. “Estava bem composto, com muita gente e animação”, referiu, elogiando também o espetáculo de fogo de artifício. “Acho que a Foz merece ter mais animação porque tem potencial para isso e porque é um local agradável para estar”, afirmou.
Lúcia Tavares veio de Rio Maior para entrar em 2023 na Foz do Arelho. “Temos uma autocaravana e decidimos vir para aqui na passagem de ano, já tínhamos ficado no parque de caravanas, mas nunca tinha vindo passar um réveillon cá”, contou.
“Foi bom, acho que foi uma boa iniciativa num cenário lindíssimo, com um ambiente acolhedor e várias gerações a conviverem no mesmo espaço”, analisou, explicando que iria regressar já no dia 1 a Rio Maior porque tinha que trabalhar. “Foi uma boa surpresa, não esperava este espetáculo, mas gostei” concluiu.
Na cidade das Caldas da Rainha, a animação fez-se em vários pontos, com destaque para a Expoeste. No pavilhão de exposições caldenses a festa durou dois dias e, no primeiro ano em que se realizou ali a celebração do “réveillon”, conseguiu atrair centenas de pessoas. Na primeira noite, de 30 de dezembro, atuaram os Declínios e Smells Like 90’s e no dia 31 a animação ficou a cargo da Banda Papaléguas e dos P*ta da Loucura.

Milhares na Concha Azul
Na região, São Martinho do Porto é, ano após ano, um destino cada vez mais procurado para as festas do réveillon, com milhares de pessoas a escolherem a concha azul da famosa baía para entrar num novo ano.
Este ano, havia dois palcos (um com a banda Kapittal) e outro com Dj’s, e um espetáculo piro-musical, com o fogo de artifício a ser lançado de terra para o mar, mas também de cinco plataformas instaladas na baía. Mas a grande novidade deste réveillon foi a inclusão de um espetáculo de laser que utilizava o fumo dos fogos de artifício como pano de fundo para um diferente espetáculo de luzes.
O presidente da Junta de Freguesia de São Martinho do Porto, Nuno Vieira, disse à Gazeta das Caldas que “o evento correu muito bem, com muita gente a vir a São Martinho do Porto, o que é importante para o comércio local”.
O autarca partilhou as incertezas que a meteorologia adversa acarretou. “Tínhamos tudo montado, mas sem a certeza de que se iria realizar”, nota. “Havia muitas dúvidas”, salienta Nuno Vieira, recordando os vários briefings que foram sendo realizados pela Proteção Civil. Quando chegou a hora do evento, uma noite amena e calma, que permitiu a realização das celebrações sem incidentes.

É Carnaval… na Nazaré
Na Nazaré, o mau tempo não impediu os festejos do “réveillon”, que se prolongaram durante vários dias e que animaram a vila, com a visita de milhares de pessoas. Todavia, os efeitos das condições climatéricas fizeram-se sentir no primeiro dia do ano, com o cancelamento da apresentação dos reis do Carnaval da Nazaré deste ano e do primeiro baile. Ainda assim, foi revelada a marcha geral “Só se ‘tá neuva!”, com letra Joaquim Mota, música, produção e vídeo de Nuno Abelha e as vozes de Vítor Maurício e Tiago Batalha.