A cerimónia, que voltou ao CCC depois de um ano de interregno, distinguiu personalidades do concelho. Foi também aproveitada, pelo presidente da câmara, para dar conta das obras em curso
“Quando uma coletividade faz 100 anos é eterna” declarou Mário Tavares, convidado a fazer a apresentação do clube centenário que, este ano, recebeu a mais alta distinção do município. O presidente honorário e sócio número 1 do Sporting Clube das Caldas (SCC) fez o historial do emblema, lembrando que se trata da coletividade caldense mais galardoada.
O dirigente realçou também o papel da autarquia, que tem auxiliado o clube ao longo dos tempos. “Hoje tem um pavilhão desportivo protocolado com o município, que garante a sua prática desportiva, o que é muito diferente de quando tinham que ir jogar a Peniche porque não tinham recinto”, recordou.
Comemorações do 15 de maio na cidade foram restritas às entidades oficiais
O presidente do Sp. Caldas, Filipe Mateus, destacou que o clube sempre “serviu a população, com um currículo invejável em vários desportos e que é, sem dúvida, revelador do impacto que teve e tem na vida do concelho das Caldas”. Esta referência desportiva tem acompanhado a evolução geracional de famílias, havendo já quatro gerações de praticantes. Filipe Mateus reconheceu o trabalho dos dirigentes e falou das dificuldades com que se debatem, agudizadas pela pandemia, deixando um apelo aos empresários da região para que os possam ajudar.
Este ano foram, ainda, entregues medalhas de mérito municipal a17 personalidades e entidades que se destacaram nas mais diversas áreas. Homenageada foi também a funcionária Natércia Tempero, que irá aposentar-se, pelo apoio prestado anualmente à realização do evento.
A cerimónia teve este ano um protocolo mais restrito do que até há dois anos, com menos medalhados e sem grande envolvimento da população. O presidente da câmara, Tinta Ferreira, lembrou que o combate à pandemia tornou-se a “principal prioridade” do município que, em articulação com autoridades locais de saúde e outras entidades, “pôs em marcha inúmeras ações”. O autarca recordou várias, nomeadamente as medidas de auxílio às famílias e empresas, e destacou que, apesar de as restrições terem sido aliviadas, a situação pandémica ainda não está resolvida, pelo que muitas iniciativas ainda não poderão decorrer este ano. Suspensos continuam os grandes eventos, que são “elementos de grande atratividade, com um relevante impato no dinamismo cultural e socioeconómico do concelho”, salientou o autarca.

Tinta Ferreira aproveitou ainda a cerimónia para elencar um conjunto de obras que a autarquia continuou a desenvolver, bem como outras, “de grande impato”, que foram iniciadas, referindo-se a requalificações de diversos edifícios públicos, a construção de um centro escolar e uma creche, alargamento de vias, entre outras. Por outro lado, manifestou a sua preocupação com a “falta de resposta”, por parte do governo, do avanço dos projetos de requalificação da Linha do Oeste, das Caldas para norte, do reavivar dos canais mais próximos da embocadura da Lagoa, da requalificação da Escola Secundária Raúl Proença e das reabilitações no hospital. Um conjunto de projetos e obras que são conseguidas “mantendo uma gestão com ambição, mas rigorosa, realista e com impostos municipais baixos”, destacou o autarca.
Já o presidente da Assembleia Municipal, Lalanda Ribeiro, lembrou que este é um ano de fim de mandato, agradecendo a quem está a acabar funções e, com as eleições para breve, apelou ao voto para combater a abstenção. Referiu-se aos problemas crónicos do concelho, pedindo solução a nível central, nomeadamente para a saúde e a ferrovia.
As Festas da Cidade voltaram a contar com o tradicional concerto na noite de 14 de maio, mas ainda sem público, e realizado no Hospital Termal, com David Antunes e Midnight Band, com participação de Melanie Russo e Vanessa Alexandre, e transmitido online. ■































