Trabalhadora temporária na portaria do Hospital Termal em dia de greve

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TermaTemporariaUma trabalhadora de uma empresa de trabalho temporário esteve a substituir o funcionário que habitualmente faz o serviço de portaria no Hospital Termal, durante a greve dos trabalhadores da Saúde (assistentes operacionais e técnicos, técnicos de diagnóstico e terapêutica e técnicos superiores de saúde) que teve lugar a 24 de Outubro.
Isto apesar de no Hospital Termal estar instalado provisoriamente o internamento dos serviços de Cirurgia Geral e de Ginecologia, sendo por isso necessário fazer a triagem de quem entra neste edifício. Durante esse dia, quem foi visitar doentes, só era acompanhado no segundo andar (onde está o internamento).
Já no serviço de urgências não foi possível visitar doentes que estivessem ali internados. À porta das urgências estava afixado um papel a informar que tal se devia à greve.
Questionado pela Gazeta das Caldas em relação aos constrangimentos causados por esta greve no hospital caldense, o Conselho de Administração do CHO limitou-se a responder, através do gabinete de relações públicas, que “os prestadores de serviços que colaboram com a instituição são realocados aos serviços sempre que existe necessidade, de modo a garantir a qualidade da prestação de cuidados de saúde aos utentes do CHO, não colocando em causa a dotação mínima definida em dias de greve”.
Em relação aos números de adesão à greve, o CHO escusou-se a revelar dados, alegando que em cumprimento de um  despacho do secretário de Estado da Administração Pública, de 2012, os dados relativos à greve só estarão disponíveis na página da internet da Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (www.dgap.gov.pt/). “Será aí publicada a informação sobre os dados de adesão dos colaboradores do CHO a esta greve”, adiantaram os responsáveis. No entanto, os últimos dados disponíveis nesse site datam de Novembro de 2013.
À agência Lusa, Luís Pesca, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, adiantou que a adesão esteve próxima dos 90% em todo o país.
A greve foi convocada pela reposição das 35 horas semanais e “contra o aumento da precariedade, a falta de pessoal efectivo e as sobrecargas nos horários de trabalho”, refere um comunicado da federação de sindicatos.

Pedro Antunes
pantunes@gazetadascaldas.pt

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