Iniciativa, que uniu a Gazeta, o cartoonista Bruno Prates, o restaurante e café Coletivo e a Águas do Tejo Atlântico, atraiu dezenas de pessoas
Foram dezenas de pessoas que marcaram presença na inauguração da mostra “Água – Um bem precioso”, na tarde do passado sábado, no espaço do restaurante e café Coletivo.
A iniciativa, que partiu de um desafio da Gazeta das Caldas ao cartoonista para desenvolver um novo calendário, ilustrado pelos alunos da DesenhosdoBruno – Academia (tal como havia sido feito no ano anterior). Além do calendário, ao qual se uniu também a Águas do Tejo Atlântico e para o qual foram escolhidos 15 desenhos, foi feita esta exposição, que reuniu todas as propostas dos jovens estudantes entre os seis e os 19 anos. São mais de 70 ilustrações que até 8 de abril, dão mais cor às paredes do Coletivo.
Sofia Carlos, de 15 anos, apresentou um texto de sua autoria sobre três jovens de 16 anos, a Maria que numa manhã gasta 279 litros de água, o João, que percorre 20 quilómetros para ir buscar dez litros, que são suficientes para um dia para toda a sua família e ainda Martim, que recolhe plásticos do mar e rios. “Esta exposição fala sobre isto, foi feita a pensar em pessoas que agem como a Maria e precisam de pensar mais como o João e o Martim”, referiu a jovem, numa mensagem interventiva. Já Dragos Dobre, de 11 anos, fez uma performance musical ao piano.
Bruno Prates recordou o primeiro desafio para um calendário ilustrado pelos alunos para notar que este ano foi diferente, uma vez que da primeira vez a produção ainda esteve limitada devida à pandemia. “São mais de 70 reflexões, alertas e chamadas de atenção sobre o que os estudantes pensam que pode ser feito”. Já Fernando Xavier, presidente da Cooperativa Editorial Caldense, que detém a Gazeta das Caldas, recordou a relação de há alguns anos com o autor. “O vosso talento dava para fazer uma série de calendários”, realçou, revelando que esta é uma iniciativa para manter. “Para nós é um orgulho apoiar jovens talentos, apoiar a nossa sociedade e alertar para um tema importante”. Por sua vez, o diretor da Gazeta, José Luís Almeida e Silva, fez notar que “ao contrário da maioria das exposições, em que normalmente vemos muitas instituições e poucas pessoas, aqui temos poucas instituições e muitas pessoas”. Aos presentes, salientou que “pensar a água de outra maneira cria a consciência no uso da mesma” e que este bem “é hoje motivo de várias guerras pelo mundo”, concluíndo que “nós que temos água em quantidades razoáveis, principalmente para beber, temos um privilégio que não podemos desperdiçar”.
Sara Duarte, da Águas do Tejo Atlântico, notou que “os trabalhos mostram a sensibilidade dos jovens” e Tatiana Henriques, do Coletivo, frisou a abertura deste espaço para receber exposições. ■































