A Expoeste acolheu uma feira de velharias que contou com a participação de 200 vendedores de todo o país.
“Para nossa surpresa, esta foi uma aposta ganha provando que ainda há vida para além da crise”, disse António Marques, muito satisfeito com a adesão de vendedores – que vieram do Minho ao Algarve para participar – e ainda com cinco mil visitantes que vieram ao certame, realizado no último fim de semana de Fevereiro. Durante os dois dias chegou a haver filas para comprar os ingressos, no valor de um euro, e que davam direito a um café.
“Este certame congrega um nicho de mercado das velharias”, explicou o organizador, acrescentando que mesmo entre os coleccionadores registou-se trocas de produtos entre vendedores, antes do início do certame.
O sucesso do evento foi tal que a Expoeste está a organizar nova iniciativa para os dias 29 e 30 de Setembro. “Em principio serão dois certames anuais dedicados às Velharias: um no início da Primavera e outro no Outono”, disse António Marques.O preço do aluguer do espaço cifra-se em 50 euros por cerca de nove metros quadrados. Pelas Caldas marcaram presença comerciantes de várias áreas das velharias, alguns de antiguidades, do coleccionismo e também de artesanato.
Maria Graciete Fialho veio pela primeira vez participar neste tipo de certame. “Vim com a minha sobrinha pois tínhamos várias coisas em casa que queríamos vender. Até agora tem sido interessante”, explicou a vendedora de livros, CDs, discos em vinil, bijutaria, artigos de cabeleireira e até quadros pintados à mão.
Luís Gonzaga veio da Marinha Grande e por isso trouxe várias peças em vidro. Dedica-se a este negócio há mais de 12 anos e estava satisfeito com a participação neste certame pois “trouxemos as nossas melhores peças para transaccionar aqui”.
Maria da Conceição Marques dedica-se ao artesanato, mas há sete anos que começou a trabalhar com velharias. É de Óbidos, mas é participante frequente das iniciativas nas Caldas. “Estou muito surpreendida com este evento pois, apesar da crise, há sempre gente a comprar”, disse.
Isabel Henriques dedica-se há três anos a este negócio e veio de Carcavelos participar neste certame caldense. “Esta feira está a ser interessante pela quantidade de feirantes aderentes e pelo número de visitantes”, afirmou. Considera que o preço do espaço “é atractivo” mas detectou pequenas falhas na organização como, por exemplo, uma iluminação fraca na zona onde tinha a sua banca.
Natacha Narciso
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