Pintura e escultura africana podem ser vistas nas Caldas. Galerias vão apostar na internacionalização
Durante a manhã de sábado, 22 de fevereiro, decorreu nas Caldas o encontro artístico “A Arte de África e Além” que reuniu obras das galerias de arte Afrika Infinity, Ninóiarte e Art 4 Family. Os vários espaços desta última ganharam nova vida e cores com as obras de artistas plásticos que apostam na contemporaneidade da arte africana e que a colocam em diálogo com raízes etnográficas.
Presentes estão pinturas, esculturas e máscaras de autores de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal e de São Tomé e Príncipe.
A Galeria Ninóiarte dedica-se à pintura contemporânea e para esta mostra trouxe propostas artísticas de Arlete Marques, Bé Machado, Gabriel Lopez, Helder Horta, Mário Ilha, Paulo Santos, Pilar Megias, RAM, Toia Neuphart, Vilma Veiga e de Quizembe Silvestre, este último formado em Artes Plásticas na ESAD.CR. A mostra também reúne tecidos, esculturas, máscaras africanas e adereços usados em cerimónias e que são o mote principal da galeria Afrika Infinity.
Segundo Vera Furtado, responsável pela Ninóiarte e João Paulo Cunha, da caldense Art 4 Family, que têm a curadoria da coletiva, este projeto assinala o início de uma parceria entre as galerias que pretendem criar um diálogo transatlântico nas artes plásticas em português, apostando forte na internacionalização. “Vamos começar por levar uma exposição até Cabo Verde, depois do verão”, contaram os responsáveis, interessados na aposta multicultural. Além dos artistas africanos, nesta coletiva estão também a participar artistas portugueses e da América Latina. “Deixamos o desafio aos artistas que estudam na ESAD.CR para se aproximarem, para nos dar a conhecer os seus trabalhos e assim poder fazer parte deste e de outros projetos que temos na calha”, referiu João Paulo Cunha.
Da abertura “A Arte de África e Além” ainda fez parte um momento de dança com a bailarina Nafira, de poesia com a leitura de “Kriolu” por Vera Furtado e ainda o jornalista e comentador televisivo, Miguel Szymanski, que esteve nas Caldas para ler excertos do seu livro “O Homem mais feliz de África”.
“A Arte de África e Além” está patente até ao dia 21 de março.