Mostra com 28 obras de arte, que está patente na galeria do Posto de Turismo das Caldas, irá ser apresentada em Alenquer e na Nazaré
A quinta edição da bienal Art’Oeste Internacional foi inaugurada na tarde do passado sábado, dia 3 de junho, na galeria de arte do Posto de Turismo das Caldas, ao cimo da Praça da Fruta.
Esta mostra reúne um total de 28 obras de arte (26 de pintura e duas de escultura), da autoria de 16 artistas, a maior parte deles naturais da região (das Caldas, de Alcobaça, do Cadaval e de Torres Vedras, por exemplo), mas também de vários pontos do país, como Porto, Aveiro, Figueira da Foz ou Macedo de Cavaleiros, e até algumas participações internacionais, vindas este ano de autores naturais dos Países Baixos e dos Estados Unidos da América.
Na inauguração marcaram presença dezenas de pessoas, entre participantes e curiosos. Uns fazem fotografias das obras de arte, outros fotografam-se ao lado das telas que criaram.
Uma das grandes riquezas desta exposição é que a mostra reúne obras de diferentes artistas, com diferentes traços e estilos, com motivos diversos e formas de expressão distintas, utilizando materiais diversos. A ausência de um tema também é um ponto importante, no sentido em que permite uma liberdade criativa grande. O resultado final é a diversidade de obras de arte, com alguns quadros mais próximos do retrato fiel da realidade e outros já dentro do espetro do abstrato.
Outra mais-valia da bienal é a junção de várias artes plásticas. Este ano foi apenas pintura e escultura, mas as exposições da bienal contemplam também outras artes plásticas, como, por exemplo, a fotografia ou a gravura.
Também na inauguração foi distribuído aos presentes um catálogo da exposição, onde é possível ver as 28 obras de arte e os respetivos autores.
Cinco edições da bienal
A ideia da bienal é um projeto lançado em 2013 pela Cultartis – Associação para a Cultura das Artes, que é uma associação sem fins lucrativos fundada em abril de 2007 nas Caldas da Rainha e que, em 2009, passou a ter a sua sede própria na Praça da Universidade, na Rua Vitorino Fróis.
O seu principal objetivo é “congregar pessoas individuais ou coletivas cujo interesse primordial sejam as artes em geral com a finalidade de promover a sua divulgação e o seu fomento, com especial incidência nas artes plásticas”, pelo que, ao longo dos anos, a Cultartis tem organizado diversas exposições artísticas.
Em 2013, os responsáveis da associação decidiram criar um circuito de arte por várias autarquias do Oeste. E foi assim que nasceu a bienal Art’Oeste, que, desde então, se tem vindo a realizar a cada dois anos.
Em 2021, apesar dos constragimentos provocados pela pandemia e consequente confinamento, os responsáveis da Cultartis decidiram realizar a bienal e, segundo Anunciação Gomes, presidente da Cultartis (e também artista participante na mostra), foi feita com um “balanço muito positivo”. A mesma responsável mostrava-se satisfeita com o resultado da mostra deste ano.
Obras de arte a concurso
Na bienal Art’Oeste as obras de arte expostas são votadas pelos artistas e pelo público que visita a exposição. com o intuito de eleger as três melhores.
Na primeira edição da bienal a eleição era feita recorrendo a um júri, mas rapidamente a organização percebeu que desta forma, com recurso a uma votação, o resultado causava sempre menos discussão e polémica entre os participantes. Os prémios para os três primeiros são peças de cerâmica de um autor caldense, como sempre têm sido desde a primeira edição da bienal.
A votação nas Caldas está a decorrer até ao final da mostra na cidade termal, na galeria de arte do Posto de Turismo, até ao dia 26 de junho.
Das Caldas da Rainha, a exposição seguirá para o concelho de Alenquer, onde poderá ser vista durante o mês de setembro. O circuito artístico irá depois terminar na Nazaré, nos meses de outubro e de novembro. É nessa fase que será feita uma contagem dos votos recolhidos nos três concelhos onde a mostra será apresentada, sendo então divulgadas as obras de arte vencedoras da bienal de 2023 da Art’Oeste. ■