Caldas tem quase um quarto das galerias do Oeste e recebeu praticamente um terço das exposições e obras de arte apresentadas

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), Caldas é, tal como no último ano, a capital da cultura do Oeste, uma vez que é o concelho que tem mais galerias de arte (sete das 30 registadas) e também aquele onde se realizaram mais exposições e onde mais obras de arte foram apresentadas. O município vizinho de Óbidos é o que apresenta uma maior diversidade de autores representados nas galerias. Na base de dados não existem informações relativas ao concelho de Alcobaça

Caldas mantém-se como capital da cultura no Oeste, segundo os mais recentes dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e que são referentes ao ano de 2019.
Através de uma análise à base de dados é possível perceber que Caldas da Rainha continua a ser, entre os 12 concelhos oestinos, o que tem mais galerias de arte e, simultaneamente, aquele onde foram apresentadas mais exposições e onde mais obras de arte foram apresentadas durante o último ano.
Comparativamente com 2018 é possível perceber que existe menos uma galeria de arte registada no Oeste, precisamente nas Caldas, que assim apresenta sete. Segue-se Óbidos, com seis, Alenquer e Cadaval com três, Peniche, Torres Vedras, Lourinhã e Nazaré com duas e Bombarral, Sobral de Monte Agraço e Arruda dos Vinhos com uma. Relativamente ao concelho de Alcobaça continuam a não ser apresentados quaisquer dados, à semelhança do que já se registava no último ano.
Mas mais importante que o número de galerias é o número de exposições e de obras de arte que efectivamente são apresentadas ao público. Nesses capítulos o município das Caldas é responsável por praticamente um terço do total do Oeste. Das 158 exposições que foram apresentadas nos 12 concelhos, 52 realizaram-se nas Caldas. Tal correspondeu a um total de 3743 obras de arte expostas neste município, o que se traduz em 35% das 10682 de todo o Oeste.
As 52 exposições são mais do dobro das 21 apresentadas pelo concelho que aparece em segundo, que é Torres Vedras. Seguem-se Alenquer, Óbidos e Lourinhã, com 16, 14 e 13 mostras, respectivamente. Com menos exposições está o Bombarral, com apenas uma, e o Sobral de Monte Agraço, com cinco.
Já em 2018 Caldas tinha sido o concelho com mais exposições e obras apresentadas, mantendo assim o “título” de capital da cultura no Oeste.
Outro dado curioso que é possível perceber na base do INE é o número de autores representados. Neste caso, e apesar de um menor número de exposições, é o concelho de Óbidos que “lidera” a tabela, com 452 artistas representados nas galerias de arte.
Nas Caldas foram apresentadas obras de 327 artistas, em Peniche 310 e em Torres Vedras 304.
No total, no Oeste, 1655 artistas tiveram oportunidade de ver as suas obras expostas durante o ano de 2019, um aumento de 140 face ao último ano.

CALDAS FOCA-SE NAS EXPOSIÇÕES DOCUMENTAIS

Os dados do Instituto Nacional de Estatística permitem também ter uma ideia acerca do carácter das exposições apresentadas. Nesse sentido, é possível perceber que no Oeste a fotografia teve este ano um peso importante, com mais de 2500 obras de arte fotográficas apresentadas (sendo que a maioria delas – duas mil – foram apresentadas em Peniche).
A segunda área com mais obras apresentadas foi a documental, com 1727. Neste caso, Caldas tem uma grande contribuição, com 1401 obras. Esta é a área com maior número de obras apresentadas nas Caldas, seguindo-se a coleccionação/comemorativa, com 400, a pintura com 311, a cerâmica com 301 e a cinematografia com 300.
A nível oestino a terceira área com mais obras apresentadas foi a pintura, com um total de 1029 mostradas em 2019.