Caldenses marcam presença na Bienal de Aveiro

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Há vários caldenses a participar na Bienal de Aveiro como convidados, selecionados e outros com obra distinguida

Abriu ao público no passado sábado, 30 de outubro, a XV Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro, que distinguiu a holandesa Ellen van der Woude, pela peça “Big Smile I”. Os três primeiros prémios e as nove menções honrosas foram entregues durante a inauguração da bienal, que decorreu no Museu de Aveiro/Santa Joana.
Uma das menções foi entregue a Filipe Faleiro, formado no Cencal que resolveu trocar a engenharia informática pelo trabalho artístico. O autor concorreu com “Tomás” uma peça em grês negro, com 50 centímetros e que representa um bebé. O nome escolhido será o do futuro filho deste autor.

“É uma mensagem para o universo”, referiu o ceramista, que tem o seu ateliê de trabalho próximo do Centro de Artes, e que ficou muito satisfeito por ter obtido uma distinção logo na primeira vez que concorreu. Ainda para mais, esta foi uma edição concorrida e exigente, na qual apenas dois autores portugueses foram distinguidos com menções honrosas.
A peça de Filipe Faleiro, assim como as de Paula Violante – um par de mãos de grande escala, rodeadas de máscaras usadas – e ainda uma peça mais conceptual, cozida em forno de lenha de Stela Ivanova (que vive em S. Martinho do Porto) fazem parte do conjunto de 128 obras selecionadas das 477 que se apresentaram a concurso.
Oriundos de 58 nacionalidades e representando 40 países, responderam ao concurso 298 artistas.Organizada pela Câmara de Aveiro, a Bienal atribui três prémios: o primeiro prémio de 12.000€, o segundo de 8.000€ e o terceiro de 5.000€.

Enxuto em individual e autores com obras na mostra coletiva da bienal

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Por ter sido um dos premiados da edição anterior da bienal, o caldense Carlos Enxuto foi convidado para apresentar a exposição em nome próprio. A mostra “Aqua + 32”, está patente no Museu da Cidade de Aveiro e acolhe peças deste artista – algumas de grande escala – como “A Guardiã da Ria” cuja forma é semelhante à mulher da Nazaré.
Nas suas criações, usou grês e porcelana e estão presentes várias caixas e bules, formas inspiradas na tradição oriental.
Há nas suas proporstas várias alusões à água e também às embarcações. Presente está a instalação “À Mesa” que “é uma homenagem a todos os autores que se dedicaram à peça utilitária”, disse o artista, que tem uma série de propostas decoradas com platina, aludindo às marés e igualmente ao número de anos que este artista se dedica ao trabalho cerâmico.

Uma nova casa para a Bienal
Presente na cerimónia de entrega de prémios, José Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, deu a conhecer que será criado um espaço permanente para a Bienal onde poderá ser apreciado o espólio que a autarquia foi acumulando.
“Libertámos um edifício no centro da cidade, onde antes funcionou a Biblioteca e que após obras de requalificação irá receber uma exposição permanente e outras temporárias e referentes à Bienal”, disse o autarca à Gazeta das Caldas, acrescentando que o evento “está a crescer e conta com cada vez mais participantes oriundos dos cinco continentes”.
Do programa da Bienal Internacional de Aveiro fazem parte várias exposições, que poderão ser apreciadas até janeiro do próximo ano. Entre elas podem ser vistas, entre outras, “O Poder das Mãos: O Extraordinário Imaginário de Rosa Ramalho” – Exposição, da ceramista Rosa Ramalho na Galeria Morgados da Pedricosa.
A galeria da Antiga Capitania de Aveiro acolhe “L’ empreite du geste”, de Jean -François Fouilhoux, enquanto na Biblioteca Municipal, situada na Praça da República, se encontra “Quarto Escuro – A Bienal vai à escola” que uniu a autora Anabela Soares – que pertence ao coletivo Manicómio – e que trabalhou sobre os medos com alunos de turmas de várias escolas. ■

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