Legislatura, em fim de ciclo

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Quando comecei a escrever esta crónica já tinha uma pequena desconfiança de que o Orçamento de Estado iria ser uma “miragem” no horizonte parlamentar. Assim, no deslizar do teclado não posso deixar de comentar o período que atravessamos. Mas primeiro e no seguimento do que havia pensado em transmitir, quero deixar aqui o registo do meu humilde contributo na Assembleia da República.
Foram vários os requerimentos e perguntas aos membros do governo neste período, desde o último artigo. Lembro as várias questões colocadas à Ministra da Saúde sobre o Hospital das Caldas da Rainha, ou sobre as unidades e polos de saúde de Santa Catarina, A-dos-Francos e Landal.
A dignificação da função de deputado à Assembleia da República decorre pela via da ação do mesmo, mas também pela capacidade de fazer os governantes reagirem e resolverem os problemas da população. Ora, o sentimento de dever cumprido, para mim nunca é atingido, porque procuro sempre mais e melhor, mas sinto realização quando cumpro as metas para as quais me proponho.
Neste momento quero deixar para registo os quatro projetos de lei que tive oportunidade de redigir, e que um se tornou lei (Regime jurídico de proteção do arvoredo urbano) ou outros três deram entrada mas não tendo sido agendados em tempo ficarão disponíveis para que possam ser novamente apresentados na próxima legislatura, a saber, o regime que define as diretrizes para a elaboração dos planos de mobilidade urbana sustentável; o regime que define o regime de comparticipação do estado nos tratamentos termais e o regime transitório de regularização dos edifícios sede e similares de associações sem fins lucrativos.
Por último, tal como comecei e em plena crise política, para mim criada pelo próprio primeiro-ministro que estrategicamente procura eliminar os parceiros de esquerda, leva-nos a mais um ato eleitoral onde me escuso de mais considerações a não ser de que os Portugueses merecem mais e melhor da classe política.
Sinto cada vez mais a necessidade de que sejam promovidas reformas no nosso País que anseia por esse espirito reformista, capaz de voltar a motivar os eleitores.
A população anseia por proximidade, a reforma do sistema político deverá promover essa aproximação quiçá pela via dos círculos uninominais. ■

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