CCC apresentou saldo positivo de 49 mil euros em 2015

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As contas da Culturcaldas foram apresentadas por Vítor Marques, Maria da Conceição Pereira e Carlos Mota | JOEL RIBEIRO
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A Cuturcaldas, associação que gere o Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha (CCC), apresentou um saldo positivo de 49 mil euros referentes ao exercício de 2015. Para além do resultado líquido, assinala-se igualmente a aproximação da autonomia financeira em relação ao passivo. Durante o ano transacto, o CCC recebeu mais espectáculos e eventos, mas teve uma ligeira quebra nos visitantes, embora o número se tenha mantido na casa dos 51 mil.

Este foi o quinto ano consecutivo em que a actividade da associação que gere o CCC conseguiu um resultado positivo e os 48,8 mil euros de saldo positivo superam os resultados dos dois últimos exercícios (3,9 mil euros e 10 mil euros em 2013 e 2014, respectivamente).

A Culturcaldas teve 485 mil euros de receita, dos quais 325 mil euros são subsídios autárquicos e 160 mil euros são resultado de vendas.
A Câmara das Caldas financiou a actividade do CCC com subsídios à exploração no valor de 220 mil euros. Entrou ainda com 10 mil euros para o Caldas Nice Jazz, mais 25 mil euros para o Caldas Anima. Os restantes 70 mil euros foram transferências também do município para pagar despesas de manutenção e renovação de equipamento.
A despesa ascendeu a 438 mil euros. Os fornecimentos externos custaram 244 mil euros. Já os gastos com o pessoal, apesar de se manterem os 14 funcionários, recuaram 3,4 mil euros, para um total de 156 mil euros.
O passivo cresceu 38 mil euros para um total de 133 mil euros, mas esse valor foi coberto por uma melhoria dos capitais próprios. Estes são agora de 126 mil euros, mais 48,9 mil euros que no período homólogo.
Estes dados fizeram com que a Culturcaldas passasse a ter uma maior autonomia financeira, de 44,8% para 48,6%, o que significa que o capital próprio cobre praticamente o valor do passivo.
O presidente da Culturcaldas, Vítor Marques, refere que estes resultados reflectem “um esforço muito grande para gerir de forma séria e adequada os dinheiros públicos, que são o grosso da receita”.

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Mais espectáculos com melhores assistências

A melhor performance em termos financeiros reflecte também um aumento de actividade no CCC. Em 2015 foram realizados 144 espectáculos, mais 14 que no ano anterior. O cinema, a música e o teatro são os tipos de espectáculo mais habituais. Em relação ao público, as exposições foram os eventos que mais pessoas atraíram à principal sala de espectáculos das Caldas: 23 mil. Seguem-se os concertos, com 10,5 mil pessoas, e o teatro, com 3,7 mil espectadores. Em média, houve mais público por espectáculo de teatro, música e de dança em 2015 do que no ano anterior, e menos no cinema e nas exposições.
O CCC também melhorou o desempenho em relação aos alugueres para congressos e outros eventos, com um total de 76. Melhor só em 2009, o primeiro ano completo daquele equipamento, com 98 eventos desta natureza. Este tipo de organização trouxe ao CCC praticamente 8 mil visitantes em 2015.
Vítor Marques explicou que este é um ramo de negócio importante porque gera receita que permite fazer investimento. Mais eventos não significaram, contudo, mais receita porque a empresa reviu em baixa os valores cobrados face à concorrência e também porque os programas de fidelização envolvem descontos às empresas que regressam.
No total, houve 51,1 mil pessoas a visitar o CCC, menos 338 que em 2014. No entanto, esta ligeira descida reflecte principalmente a menor afluência a exposições e aos eventos de organização externa.

Caldas Nice Jazz 2016 com programa “difícil de repetir”

A apresentação das contas da Culturcaldas serviu também para apresentar o programa do Caldas Nice Jazz, que Carlos Mota considera “difícil de repetir” nos próximos. Será um mês ao som do Jazz, entre 7 de Outubro e 6 de Novembro.
O cartaz é encabeçado pela Glenn Miller Orchestra, que actua a 28 de Outubro. Vão actuar ainda nomes como Jordi Rossi e o Filipe Melo Trio, John Pizzarelli, os russos Chizhik Jazz Quartet ou a portuguesa Sofia Robeiro.
Carlos Mota adiantou que ter um programa com este nível obrigou a negociações complicadas e que o festival está, inclusivamente, a ser já pago mensalmente. No programa vão manter-se os workshops, as master classes, as arruadas e as iniciativas Jazz na cidade e nas escolas.
Em marcha está também o Caldas Anima, que garante a animação de rua nos meses de Julho e Agosto. A principal novidade reside no International Clown School, um curso para palhaços que vai decorrer de 9 a 17 de Julho com 35 vagas e que é destinado a profissionais. Esse curso tem como professores o argentino Viktor Tiomate, o chileno Rob Cartwright e o norte-americano Jef Johnson. Desta iniciativa poderá resultar uma outra dirigida aos profissionais de ensino da região, virada para uma vertente de dinâmicas de animação.
Em relação ao Caldas Anima, Carlos Mota adianta que será montada uma estrutura que garante aos caldenses e a quem visita “espectáculos de rua com grupos internacionais com qualidade”.
Em Agosto, de 19 a 28, o CCC recebe também o Meeting Watercolour, que vai para a terceira edição e pretende valorizar a pintura em aguarela e o naturalismo. J.R.

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