O Coral das Caldas da Rainha deu um concerto de ano novo para cerca de 60 pessoas na Igreja Espírito Santo, no Largo João de Deus. Esta foi uma novidade de 2019, uma vez que aquele espaço tem estado ao abandono até ter sido celebrado um protocolo entre o CHO e a União de Freguesias de N. S. Pópulo, Coto e São Gregório para a realização de eventos culturais. Cumprindo a tradição, o coral actuou no dia seguinte no Museu Malhoa.
As 16 mulheres e oito homens, dirigidos por Quitó, actuaram durante mais de uma hora, cantando temas natalícios e não só. Terminou com uma música de Natal do cancioneiro popular que foi recolhida em 1984 na zona de Peniche.
No fim, em coro, claro, desejaram: “Boas festas e até para o ano”. E, como era dia de Reis, no final foi distribuído bolo-rei e vinho do Porto para um brinde.
Adelaide Silva canta no coral há 15 anos e nunca tinha actuado neste espaço. “Foi muito bom, é um sítio agradável, muito antigo, e é pena que não esteja em melhor estado de conservação”, afirmou.
Adelaide Silva não esperava que estivesse tanta gente, pelo frio, por ser um sábado à tarde e porque não havia tradição deste concerto neste local. A terminar realçou que o coral precisa de mais vozes masculinas.
Na audiência estava Paula Rato, que vive nas Caldas há um ano. Veio com o marido e achou o concerto “muito familiar, muito bonito e acolhedor, eclético, com música variada e fantástica”. Paula Rato disse que o espectáculo lhe “abre o apetite para mais iniciativas deste género neste local e espero que se repita mais vezes”.
Vítor Marques, presidente da União de Freguesias de N. S. Pópulo, Coto e São Gregório, disse à Gazeta das Caldas que a autarquia já alterou a instalação eléctrica da igreja, que não estava em condições, e que irá fazer pequenas manutenções, mas que não tem capacidade para fazer a requalificação necessária daquele património.
O protocolo celebrado com o CHO prevê a realização de actividades culturais, como concertos, a exposição de presépios que esteve patente em Dezembro e, em princípio, o festival de teatro Ophelia, da ESAD.