O festival nos espaços públicos, escolas, cafés, restaurantes e hotéis

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Caldas Nice Jazz 2016
Todos estão de acordo em que o Caldas Nice Jazz é bom para ouvintes, músicos, estabelecimentos comerciais e para a própria cidade |DR

O Caldas Nice Jazz tem apostado em sair do CCC e “invadir” a cidade. Este ano os estabelecimentos comerciais que recebem concertos são a Rodoviária, o Sons Tons & Sabores, a Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, o Cocos Beach Club, o restaurante Fruta da Casa e o Hotel Sana. O aumento de clientes é um dos principais motivos para os empresários apostarem nesta vertente, bem como a dinamização dos seus espaços. Há ainda uma actuação da Orquestra “Ligeiríssima” de Óbidos, prevista para 22 de Outubro, no topo da Praça da Fruta. O jazz na cidade tem outro aliciante: é gratuito.

 

Um motorista na orquestra

Cristina Frazão, directora da Rodoviária do Oeste, disse à Gazeta das Caldas, que este tipo de iniciativas vão de encontro aos objectivos da empresa: tornar o terminal num espaço “que faz parte da vida da cidade de Caldas da Rainha”.
Por outro lado, o concerto pode proporcionar aos passageiros e ao público em geral “um momento de cultura num local diferente, que também expõe temas de cerâmica intrínsecas à história da cidade” como o painel de azulejos com peças de Bordallo Pinheiro e a “Orla das Gamelas” de Elsa Rebelo.
Realçou a banda convidada, a Orquestra Ligeira do Monte Olivett, que aos olhos da direcção, é “extremamente adequada ao espaço”. Mais: esta orquestra tem no seu elenco um motorista da Rodoviária do Oeste.
Recordando a experiência do último ano, em que receberam um concerto da Orquestra Juvenil da SMRO, Cristina Frazão afirmou a disponibilidade da Rodoviária do Oeste para este tipo de eventos em que “os seus terminais rodoviários deixam de ser meros locais de espera”.
1 de Outubro – 11h00 – ORQUESTRA DO MONTE OLIVETT

Dinamiza o nosso espaço

Os gerentes do Sons, Tons & Sabores, Fernando Lourenço e Paula Duarte, afirmaram que “para nós qualquer tipo de espectáculo tem interesse e o jazz na cidade ainda mais, porque traz mais gente e dinamiza o nosso espaço que é uma sala de espectáculos e café-concerto”.
No dia do concerto haverá aperitivos para os clientes. “A iniciativa do jazz na cidade tem interesse para todos: CCC, artistas, empresários e para a cidade”, concluiu.
8 de Outubro – 21h30 – THE RITE OF TRIO

Quebrar o gelo e a rigidez

Já Daniel Pinto, director da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste realçou o papel da música no desenvolvimento social e cultural da comunidade escolar. “A nossa escola tem tido a preocupação de reforçar a ligação à arte e cultura porque pode valorizar a experiência escolar e pedagógica”, explicou. Com isso pretende-se que existam “melhores relações pessoais, escolares e de trabalho. Queremos quebrar o gelo e a rigidez para que haja menos timidez”.
Por outro lado, este concerto “representa o primeiro contacto de muitos alunos com o jazz e ajuda a colocar a escola como espaço activo da cidade”.
11 de Outubro – 16h00 – COLE PORTER PELA FORMAÇÃO DA ESCOLA DE JAZZ DO PORTO

Um jantar com comida típica de New Orleans

O Cocos Beach Club, pelo seu proprietário, Ricardo Figueiredo, afirmou que estão sempre “disponíveis para apoiar e fazer parcerias com os eventos que dinamizem o concelho, da autarquia ou de entidades privadas”. É que, contas feitas, “toda a gente sai a ganhar: nós, empresários, os artistas, a população residente e os turistas”.
Até porque “a Foz do Arelho tem sido um pouco abandonada pela autarquia”. Recordando que aquele local foi um pólo de comércio e de diversão nocturna, afirmou que “se não forem os empresários a dinamizar, haveria aqui apenas três festas por ano”.
Por outro lado, Ricardo Figueiredo aponta a ‘concorrência’ da Frutos e das Tasquinhas, que roubam público ao Verão da Foz do Arelho.
O empresário explicou ainda que no dia do concerto vão preparar um jantar alusivo, com Jambalaya, uma comida típica de New Orleans, mas que o concerto também é aberto a quem não queira jantar.
15 de Outubro – 21h30 – SHIWA
O Festival ajuda a cidade a ganhar vida

Jorge Magalhães, do restaurante Fruta da Casa, também realçou a parceria em que todos ganham. “Quem for ao concerto no Fruta da Casa provavelmente irá ficar com vontade de ir ver mais concertos ao CCC ou pela cidade”, afirmou.
O empresário é da opinião que “Caldas tem que ter cada vez mais esta envolvência entre entidades que promovem eventos, empresários e público”.
Dando como exemplo a Frutos, afirmou que depois de “épocas de marasmo cultural”, em que a cultura era para pequenos nichos, actualmente vive-se um momento de viragem em que os pequenos nichos se abrem à população.
“Além disso Caldas tem um problema gravíssimo porque tem horas muito mortas e o Caldas Nice Jazz (e não só) ajuda a cidade a ganhar vida”, disse.
Jorge Magalhães revelou ainda que, entre a gastronomia, a decoração e os audiovisuais, serão preparadas algumas surpresas para os clientes.
20 de Outubro – 21H30 – CATARINA RODRIGUES TRIO

Evento é referência na região

Uma ideia comum a Sofia Nogueira, subdirectora do Sana Silver Coast Hotel, que explicou à Gazeta das Caldas que a unidade hoteleira tem recebido concertos do Caldas Nice Jazz todos os anos. Destacando a mais-valia de participar “num evento que é uma referência na região”, explicou que a vinda de “artistas de renome traduz-se num aumento da afluência à cidade e ao hotel”.
23 de Outubro – 16h00 – Sílvia Nazário Duo