Festival Ofélia traz teatro às Caldas há 12 anos

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Algumas das peças deste festival de teatro foram representadas no CCC. Alunos apresentaram os seus projetos finais
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Teatro e artes performativas extravasaram fronteiras da escola e chegaram a vários espaços da cidade

Está de boa saúde e recomenda-se o Festival Ofélia, organizado por estudantes do 2º ano do curso de Teatro da ESAD.
A iniciativa, dedicada ao teatro e também às artes performativas, decorreu nas Caldas entre os dias 4 e 7 de abril, e continua a surpreender e a trazer estudantes de outras universidades com cursos dedicados à arte dramática.
Este ano participaram alunos da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto (ESMAE) e da licenciatura em Teatro da Universidade de Évora.
“É sempre importante promover momentos de partilha e de contato entre participantes das diferentes escolas”, disse Tiago Estremores, estudante da ESAD, que fez parte da organização do Ofélia.
Os alunos das escolas convidadas representaram peças e também organizaram workshops.
“Foi ótimo promover o reencontro entre todos após dois anos de restrições por causa da pandemia”, acrescentou o aluno. Além dos estudantes, o Ofélia já tem a procura de público de fora da região. “Tivémos procura de algumas pessoas de fora como por exemplo de Setúbal que quiseram vir assistir a iniciativas do Ofélia”, contou Tiago Estremores
O festival contou com a representação de várias peças, com a realização de um debate com a participação dos atores Eduardo Frazão, Rafaela Jacinto e da atriz e encenadora caldense, Isabel Costa. O futuro da profissão e os percursos no teatro dos convidados foram debatidos na tertúlia “Intersecções Teatro e Sociedade, assim como os apoios do Estado ao setor, sempre curtos. “Foi uma conversa de duas horas, muito enriquecedora e muito próxima, tal como é o apanágio deste festival”, referiu o organizador.
“Quisémos dar liberdade aos participantes e, por isso, foram apresentadas em palco peças sobre temas como a morte, a vida e também sobre os direitos das mulheres.
A maior parte das representações que encerraram os vários dias do festival foram projetos finais dos alunos, trabalhados nas disciplinas ao longo do ano letivo e tiveram lugar no CCC.
“Nunca parámos mas os dois anos da pandemia, o Ofélia foi adaptado. O primeiro com recurso ao vídeo e o seguinte, já presencial, teve muitas restrições”, recordou o estudante.
Esta edição continuou a ter algumas restrições “mas já é permitida uma maior lotação”, referiu Tiago Estremores que também fez parte do elenco de “Diários da Quarentena” peça que encerrou o festival, no dia 7 de abril.
A semana que antecedeu o evento viveu-se o pré-Ofélia, iniciativa que anuncia o festival dedicado ao teatro eàs artes performativas.
Dele fez parte um ciclo de curtas-metragens, feitas por alunos da ESAD e um evento que uniu música, dança e grafittie e que teve lugar na escola.
Os Silos acolheram um poetry slam seguido por uma improve session.
Alguns eventos de performance aconteceram no Parque D. Carlos I e a arte dramática aconteceu sobretudo na escola e no CCC.

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