A peça “Cochinchina”sobe hoje, 14 de abril, pelas 21h30, ao palco do CCC. Trata-se de uma adaptação livre da obra de Afonso Cruz, “Princípio de Karenina” que inclui no elenco, num dos papéis principais, o caldense Vítor d’Andrade.
Esta peça encerra uma trilogia de cartas de amor e morte que Sandra Barata Belo iniciou com “Morreste-me” de José Luís Peixoto, seguindo-se “Carta de uma Desconhecida” de Stefan Zweig.
Para além de serem missivas que falam de amor e de morte, estas criações “têm em comum o facto de serem obras literárias que a atriz adaptou para teatro”, explica nota sobre a peça que sobe hoje ao palco do grande auditório do centro cultural caldense.
Sandra Barata Belo é atriz de teatro, televisão e cinema, tendo ficado conhecida quando interpretou a lenda do Fado, Amália Rodrigues, no filme biográfico que data de 2008.
“Cochinchina” revela a história de um homem “que vive na dualidade do que está para além da sua porta e dentro da sua porta”, explica a mesma nota.
O estrangeiro tanto o inibe, como o fascina. Até ao dia em que uma empregada da Cochinchina vem trabalhar para casa e quebra todas as fronteiras criadas, primeiro pelo pai e, depois, por ele.
“A partir daqui, há uma luta constante entre o amor e a desilusão, a coragem e a cobardia, entre ir ou ficar, e estranhamente está tudo certo”, informa a nota. No fim da vida, quando não há mais para adiar, restando-lhe apenas a morte, parte para o Oriente em busca de uma filha que nunca o irá conhecer e escreve-lhe uma carta, revelando a sua história, que é também a base do nosso Portugal em contrários e com os seus antónimos.
Vítor d’Andrade divide o palco com as atrizes Margarida Vila-Nova e Patrícia André, numa peça que além do texto de Afonso Cruz conta com figurinos da designer de moda Katty Xiomara e com música de Samuel Úria.