Filarmónica encerrou 75º aniversário com CCC lotado

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A Filarmónica tem vários projetos para este ano
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Filarmónica de A-da-Gorda fechou com chave de ouro o 75º aniversário, com criatividade e muitos convidados

A banda da União Filarmónica de A-da-Gorda (UFA) surpreendeu tudo e todos encerrando no domingo, 26 de janeiro, o seu 75º aniversário com um grande espetáculo “Diamante do Tempo”.
A ideia foi trazer ao palco canções marcantes de cada década que faz parte do aniversário do grupo. Num espetáculo apresentado pela caldense Catarina Carvalho, foram apresentados temas marcantes por ordem cronológica e com a participação de vários grupos convidados. Após uma pequena dramatização que deu a conhecer um pouco do início da própria banda filarmónica, a primeira canção foi o próprio hino da UFA.
Seguiu-se “Derby Day,” uma marcha que alude ao início da emissão da RTP e o fado “ Gente da minha terra”, interpretado pela caldense Jéssica Cipriano. A convidada mostrou o seu talento em várias canções, tendo provado também a versatilidade da sua voz. O espetáculo prosseguiu com Hino à Juventude, que foi interpretado pela banda e pelo Coro Infantil do Conservatório de Música das Caldas. Entre outros temas ouviram-se Grândola, “Mudam-se os tempos, Mudam-se as vontades”, à medida que se “caminhava” no tempo com a apresentadora a dar nota de factos relevantes da vida do próprio país.

A segunda parte abriu com a interpretação da banda de um medley de Metallica e a seguir a Canção do Mar, que teve a interpretação da Banda de Jéssica Cipriano e de bailarinas do grupo Mooves. Além da música, foi apesentada uma coreografia inspirada no mar. “Olé Liz” trouxe os ritmos do paso doble ao CCC para depois se fazer ouvir uma versão para banda do tema Raízes dos GNTK e que foi um dos momentos altos deste espetáculo. A interpretação foi complementada com coreografia das bailarinas da Mooves. A UFA escolheu fechar com a estreia de uma obra musical de Rui Pereira, encomendada pela banda filarmónica. O tema teve por base musical a canção Parabéns e fragmentos do próprio hino da UFA. Conta ainda com detalhes como sons do comboio, já que a “A-da-Gorda tem apeadeiro”, disse Pedro Santos, o maestro que está à frente desta banda filarmónica há cerca de um ano.
À Gazeta das Caldas contou que este projeto começou a ser delineado há perto de um ano e pretendiam encerrar com chave de ouro os 75 anos do grupo. “Quisémos também proporcionar aos nossos músicos uma atuação num palco profissional”, disse o maestro, satisfeito com a performance dos seus músicos tendo alguns, convidados e membros da banda, feito solos durante o espetáculo.
Ana Rita Silva é a presidente da direção da banda desde 2021. Contou que a intenção do grupo “era fazer uma viagem abrangente no tempo, com referência a momentos musicais marcantes de cada década”. A dirigente referiu que estiveram em palco cerca de 50 músicos, alguns convidados e que os elementos do grupo têm idades entre os oito e os 80 anos.
Segundo a dirigente, a banda da A-da-Gorda continuará a pensar projetos em grande como aconteceu com “Diamante do Tempo” “que nos interessem e que possam interessar também outros parceiros”. Para 2025, a banda filarmónica gostaria de apostar na internacionalização. Além do mais, a presidente da direção contou que a UFA diz ter projetos que envolvem também questões relacionadas com a inclusão. “Vai ser um desafio”, contou Ana Rita Silva, acrescentando que os músicos da banda aproveitaram a realização deste grande espetáculo musical para estrear a nova farda. A dirigente, que também é elemento da banda, deixou nota de agradecimento ao público pois sem este último “nada disto faria sentido!”. Da direção da UFA fazem parte músicos, pais de músicos e amigos da casa. “Temos também pessoas formadas na área dos eventos e que nos ajudam na preparação deste tipo de espetáculos”, contou a presidente. ■

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