Setenta e cinco alunos da Academia de Música das Caldas da Rainha subiram ao palco do grande auditório do Centro Cultural e Congressos na quarta-feira, 13 de Julho, para apresentar a Gala de Final de Ano.
João Carlos Costa, o apresentador da gala, começa por anunciar que atrás das cortinas os pequenos grandes artistas estão com os nervos à flor da pele. É que o grande auditório é mesmo muito grande e alguns dos músicos ainda não têm um metro e meio.
Curiosamente, Rui Trindade, director da Academia de Música, revelou depois à Gazeta das Caldas que “foram os alunos mais velhos os que se sentiram mais nervosos, pois estavam mais conscientes da responsabilidade que tinham em mãos. Tocar no CCC, uma das melhores salas do país, não é brincadeira!”. No ano anterior a gala realizara-se no auditório da Expoeste, com capacidade para metade das pessoas.
Os primeiros a subir ao palco são os aprendizes de piano. Mais de 20 alunos dão o seu melhor e, em poucos minutos, mostram o que aprenderam na Academia. Alguns completam agora dois anos de aprendizagem nesta escola, outros têm apenas poucos meses de aulas. Há lugar para todos neste espectáculo.
Entre as actuações de piano sucedem-se demonstrações de acordeão. A primeira parte da gala termina de forma original, com as bailarinas da Escola Vocacional de Dança das Caldas da Rainha a juntarem-se aos jovens músicos. Música e dança estão em harmonia e o resultado final arranca fortes aplausos do público.
Após o intervalo chega a hora dos concertos. Os 25 coralistas do Orfeão Caldense interpretam “Caçador de Sóis” (Ala dos Namorados) juntamente com alunos da Academia. Segue-se um repertório muito variado que inclui rock, música portuguesa, bossa nova, fado, jazz, funk e pop.
Há canções para todos os gostos: “Dunas” (GNR), “Ordinary Love” (U2), “Amália Hoje – A Gaivota” (The Gift), “Pica do 7” (António Zambujo), “Rolling In The Deep” (Adele), “Every Breath You Take” (Police), “Rude” (Magic!), “Hotel California” (Eagles) ou “Minha Casinha” (Xutos e Pontapés).
Para Rui Trindade a diversidade musical do espectáculo ilustra a filosofia da Academia de Música das Caldas. “Não obrigamos nenhum aluno a seguir determinado género musical ou a escolher determinado instrumento. Eles optam por aprender o que gostam”, referiu o responsável.
“Sentiram-se uns verdadeiros artistas”
Já no final das actuações e após receber as reações dos seus alunos, Rui Trindade disse que estes “experienciaram na pele o que é subir a um grande palco e como é trabalhar com técnicos profissionais”, realçando que os jovens músicos se “sentiram uns verdadeiros artistas”.
A funcionar desde 2014, a Academia de Música das Caldas conta actualmente com 160 alunos inscritos e sete professores. Combo (classe conjunto), coro infantil e adulto e música para bebés serão as novas disciplinas do próximo ano lectivo.
“Aprender música melhora as capacidades de organização, concentração, criatividade e cognitiva”, salientou Rui Trindande, acrescentando que a Academia tem as portas abertas para alunos de todas as idades. “Nunca é tarde para aprender!”, frisou o director.