José Cid foi homenageado pela Câmara das Caldas

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O presidente e a veradora da Cultura ladeando o cantor que tem muitas memórias relacionadas com as Caldas e Oeste
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Cantor veio atuar ao concelho de Óbidos e foi homenageado pela autarquia caldense

José Cid veio no sábado, 11 de janeiro, à região para um concerto numa empresa do concelho de Óbidos. Aproveitando a presença do artista na zona, os autarcas caldenses homenagearam este artista que se mantém atuando pelos palcos aos 82 anos. A sua ligação às Caldas remonta aos anos 50 do século passado pois vinha assistir às atuações do grupo de Shegundo Galarza. “Ele tinha um guitarrista de jazz muito bom” e, como tal, “eu vinha sobretudo para ouvir tocar o Carlos Nascimento”. O artista, que há mais de meio século que atua em Portugal e no estrangeiro, foi ainda distinguido com o Grammy Latino por Excelência Musical, em 2019.
José Cid e ficou feliz com esta homenagem prestada pelas Caldas da Rainha. “Não tenho palavras pois isto nunca me aconteceu! Vir aqui a Óbidos – e ter a oportunidade de aqui estar nas Caldas é um grande orgulho!”, disse o cantor. Por seu lado, o edil caldense elogiou o músico referindo que “estamos muito habituados às suas canções e temos uma grande satisfação em recebê-lo!”. Vítor Marques ainda acrescentou que “há vontades que se conjugam” para que em breve o artista possa regressar para atuar nas Caldas.
Seguiu-se um desfilar de histórias ligadas à região com o artista a trautear um pouco do “Fado das Caldas”. Contou também que tem um sobrinho que pertenceu ao grupo de Forcados das Caldas da Rainha e que estes “foram várias vezes a minha casa”.
Também foi nas Caldas que José Cid alcançou o segundo lugar no Campeonato Nacional de Salto em Altura a Cavalo, em 1991, na Mata. “Alcancei 2,10 metros, o que é algo já de nível internacional”, disse o artista que também foi professor de Educação Física. Os cavalos são outra paixão do cantor e compositor que passava férias em S. Martinho do Porto.
José Cid também jogava ténis e, ainda nas Caldas, participou num torneio de ténis. “Ganhei a um médico que jogava muito bem, mas foi um jogo terrível de duas horas e só venci por ser um pouco mais jovem e ter mais pernas para correr”, disse o artista que se tem dedicado a vários desportos ao longo da sua vida.

Cantor é fã de Bordallo Pinheiro
“Sou um apaixonado por Bordalo Pinheiro, apesar dele ter pertencido à Carbonária, era um génio absoluto e de uma extraordinária originalidade”, disse o artista que coleciona peças bordalianas. Recordou também que uma familiar tinha um peru bordaliano que lhe servia de apoio a velas e fósforos e que nuncao quis oferecer ao sobrinho. A Visabeira soube do facto, através de uma entrevista, e começou a reproduzir aquela antiga peça da fábrica caldense coordenada por Bordallo. “E ligaram-me para me oferecer a primeira!”, disse o cantor. Mais tarde voltou a ser contactado para lhe agradecerem pois o peru “era um verdadeiro caso de sucesso de vendas”.
O cantor ficou grato com as ofertas caldenses de uma peça couve da fábrica Bordallo Pinheiro e do livro “Quase todo o Bordallo”, de Isabel Castanheira e Jorge Silva, que se dedica ao trabalho gráfico do multifacetado artista. Foi agraciado ainda com uma peça e livro de Bordalo da autoria do ceramista caldense Carlos Enxuto e o livro de fotografia “99” de Vasco Trancoso.
Nos últimos anos, José Cid atuou nas Caldas na Frutos e também na Expoeste. Sempre que pode volta “às localidades para oferecer espetáculos a favor dos bombeiros”, disse o cantor que, aos 82 anos, sobe ao palco com grande vitalidade e atua durante duas horas e meia.
Garante que não usa playback nem efeitos de voz e tudo se deve ao facto de ter uma vida saudável, pois sempre apostou no desporto. O autor de “Cai neve em Nova Iorque”, “Como o macaco gosta de banana” ou “Cabana junto à praia” regressará, em breve, para atuar nas Caldas da Rainha.■

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