Kabo encerrou com talk e live painting no museu

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A conversa sobre arte, design, estética e funcionalidade das obras decorreu no exterior do espaço museológico

Encerrou no domingo, 13 de agosto, no Museu de Cerâmica a mostra organizada pelo Kabo

A exposição “Revitalização Sustentável” dedicada à arte contemporânea, encerrou ao fim de dois meses no Museu de Cerâmica. A finissage decorreu em festa com música e uma sessão de pintura ao vivo, ambas asseguradas pelo Coletivo Grave (Vicente Faria, Veloz e Pedro Rolo) . A mesa de mistura do DJ e a tela para o live painting foram colocada no pátio junto ao Palácio de Sacavém e atraíram jovens e alguns dos visitantes que aproveitaram a oportunidade de ouvir música, assistir ao trabalho artístico ao vivo e ainda de beber uma mini.
Antes, tinha decorrido uma conversa, moderada por Ivo Santos, que contou com as intervenções do designer Pedro Lobo e Bianca Boker, também designer formada na ESAD.CR e curadora da mostra coletiva.
O primeiro contou como tem sido a sua experiência na cerâmica, centrando-se na sua investigação académica que o faz interligar a cerâmica tradicional (olaria) como temas da sexualidade alternativos. Com o público partilhou que as suas peças, são decoradas com cordas, usadas entre praticantes de Shibari, uma técnica erótica de amarrar o parceiro (a). Na conversa abordaram-se os problemas do preconceito e da defesa da comunidade LGBTQIA e do ativismo que devem ter os artistas e os designers.
Já com a participação de Bianca Boker, que ainda fez uma última visita guiada a “Revitalização Sustentável”, esteve em debate a arte e o design, assim como a estética e a funcionalidade deram mote a mais partilhas de ideias.
Segundo Nicole Costa, a diretora do Museu de Cerâmica, foi uma “ótima” experiência abrir o museu aos coletivos de jovens artistas, ligados ao Kabo, parcerias que vão continuar. Em setembro, o Museu irá ter atividades relacionadas com as Jornadas do Património e cujo tema é Patrimónios Vivos.
Carlos Pedro, da organização da Kabo, referiu que todas as iniciativas culturais do coletivo foram gravadas e por isso os interessados poderão vê-las ou revê-las mais tarde. “Desta forma quem quiser poderá posteriormente conhecer um pouco do que se está a acontecer nas Caldas”, rematou. ■

Pintura ao vivo dos artistas do Grave