Ceramista caldense tem peças em coleção de museu no Oriente e também em evento internacional europeu
Mário Reis foi um dos ceramistas convidados, em 2020, a participar no Symposium, iniciativa organizado pela “Changchun International Ceramics Gallery”, na cidade chinesa de Changchun.
“Os três painéis com que participei fazem agora parte da coleção e exposição permanente do Museu de Cerâmica daquela cidade”, disse o autor à Gazeta das Caldas, acrescentando, ainda, que a organização deste simpósio tem também a intenção de publicar um livro, ainda este ano, que servirá para assinalar os 10 anos daquele reconhecido simpósio oriental.

Dos 300 ceramistas de todo o mundo que participaram até à data naquele simpósio, a organização escolheu apenas 20 para integrar o livro e o caldense fará parte dessa lista restrita.
Na passagem do livro sobre este autor, além das imagens das peças cerâmicas, “haverá referências às Caldas da Rainha como cidade com forte tradição cerâmica e às várias gerações de oleiros da minha família”, acrescentou o autor que é descendente da família Reis, muito ligada à olaria e também à formação.
“Fiquei muito feliz com esta notícia”, disse o ceramista, que tem confirmado que o seu trabalho “tem tido cada vez mais recetividade internacional”. “É gratificante ver diferentes países com diferentes culturas a apreciarem as minhas peças e cuja mensagem que é, no fundo, universal”, salienta.
“É gratificante ver que as minhas peças são apreciadas por diferentes culturas ”
Mário Reis
“Os trabalhos presentes na Nazaré têm servido de montra para novos projetos”
Mário Reis
Peça selecionada para Itália
Este autor, que vive e trabalha nas Caldas da Rainha, durante este ano foi convidado a participar no Concurso Internacional de Cerâmica “Ceramics in love”, em Castellamonte, em Itália.
A peça que apresentou foi uma das selecionadas e vai fazer parte da exposição que terá lugar de 21 de agosto a 12 de setembro, no Centro de Congressos Piero Martinetti.
De resto, as peças deste autor estão presentes por todo o mundo, não só as esculturas das gaivotas, mas outras peças tridimensionais e painéis, adquiridos por clientes dos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Brasil, Singapura, China, Israel e por vários países da Europa. “Atualmente tenho estado a trabalhar em algumas encomendas de particulares, nomeadamente em painéis que se destinam para decorar o exterior e o interior de habitações”, explicou.

Mário Reis também faz obras de arte pública presentes na Nazaré, como os painéis contemporâneos que decoram o Ascensor da vila, na gare do Sítio e das muitas gaivotas cerâmicas que “habitam” no Forte de S. Miguel. Estas obras acabam por servir de montra e por trazer-lhe mais propostas de trabalho, sobretudo de estrangeiros. ■