Memória de Peixe no encerramento do Festival Pópulus

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O duo caldense Memória de Peixe encerrou a primeira edição do Pópulos Music Festival, que decorreu no início de Agosto no Centro Cultural e de Congressos das Caldas.
Miguel Nicolau (guitarra) e Nuno Oliveira (bateria) contaram com a presença de muitos fãs, naquele que terá sido o dia com mais público deste festival. Pelo palco do CCC passaram ainda os Albaluna e Emmy Curl (dia 1), os Sidewalkers e Três Por Cento (dia 2) e os Salto (dia 3), para além de vários DJs que animaram o café a seguir aos concertos.
Para Carlos Mota, director do CCC, este foi “o primeiro festival pensado para a juventude nas Caldas da Rainha”. A intenção era que o festival se realizasse ao ar livre mas, segundo o responsável, não houve apoio financeiro suficiente do município para que tal acontecesse. “O objectivo é que nos próximos anos este seja um festival de rua, dirigido essencialmente à malta mais nova e associado ao encerramento do ano lectivo”, explicou.
Os grupos que participaram foram seleccionados de forma a ser um festival heterogéneo, com várias facetas, do pop ao rock e do som mais intimista ao mais animado. O nome Pópulus surge da aposta no Pop, mas também por se realizar na freguesia de Nossa Senhora do Pópulo. “É juntarmos a matriz da cidade e o Pop”, referiu Carlos Mota.
Os Memória de Peixe foram a única banda caldense que participou este ano, mas Carlos Mota pretende convidar outros grupos das Caldas em próximas edições. O duo foi escolhido este ano pela sua qualidade e projecção que tem vindo a ter a nível nacional. Este ano actuaram em várias Queimas das Fitas e no palco principal do festival Optimus Primavera Sound. Foi a primeira vez que actuaram no CCC, onde gravaram o videoclip do tema “7/4”. O primeiro álbum da banda está nomeado para a categoria de Melhor Disco do Ano Prémios Autores SPA-RTP.
Carlos Mota faz um balanço positivo da primeira edição, embora acredite que teria mais público se se realizasse ao ar livre sendo no Verão. “As pessoas mobilizam-se mais se for na rua”, disse. Embora o director refira que tenham passado pelo CCC cerca de 2000 pessoas durante os três dias do evento, a verdade é que no sábado, dia 3 de Agosto, que foi o mais forte, estiveram apenas cerca de 200 espectadores.
Para o organizador, é importante que se pense agora na melhor forma de dinamizar um festival deste género que faça a diferença na região. “Esperemos que no próximo ano tenhamos o apoio das entidades públicas, possamos mobilizar a CP para ter bilhetes mais baratos a quem venha de outras cidades e que o parque de campismo na Foz do Arelho possa ter também um preço especial para os participantes no festival”, adiantou. Sem querer concorrer com os grandes festivais nacionais, o CCC pretende marcar a cidade com “uma festa para a juventude”.

Pedro Antunes

pantunes@gazetadascaldas.pt

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