Miguel Nicolau toca com Montanhas Azuis no CCC

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Festival Impulso volta ao CCC, com os Montanhas Azuis, grupo constituído por músicos que tocam vários instrumentos, como cabeças de cartaz

Natacha Narciso

Esta sexta-feira, 6 de agosto, o Festival Impulso regressa ao CCC, com Montanhas Azuis, projeto que integra o caldense Miguel Nicolau. E com uma nuance: o guitarrista vai tocar… bateria.
De resto, no grupo há vários multi-instrumentistas e nenhum toca o seu instrumento “natural”. Miguel Nicolau trocou a guitarra pela bateria, ao passo que Marco Franco, Norberto Lobo e Bruno Pernadas estão presentes nos sintetizadores analógicos quando, habitualmente, estão no piano, na bateria ou ainda na guitarra, respetivamente.
A trabalhar num novo álbum dos Memória de Peixe, Miguel Nicolau contou à Gazeta das Caldas que está a trabalhar numa nova faceta, mais ligada com a produção musical. “Tenho trabalhado com JP Simões”, revelou o caldense, que labora no projeto Bloom e também produz para outros artistas como Monday (projeto a solo de Cat Falcão dos Golden Slumbers).
O músico não podia estar mais satisfeito com o convite para integrar os Montanhas Azuis, grupo que estreou em 2019, na Culturgest. Aos quatro rapazes – Marco Franco, Norberto Lobo, Bruno Pernadas e Miguel Nicolau – junta-se também Ana Araújo, que integra outros grupos como os Mikado Lab, e que habitualmente toca piano. Neste projeto, a pianista passou a tocar… baixo.
“Vai ser a estreia deste quinteto nas Caldas”, disse Miguel Nicolau, que já atuou no grupo, mas com outros convidados.
Os músicos defendem que os sons dos Montanhas Azuis, baseados na eletrónica, “originam paisagens coloridas dadas por sintetizadores analógicos”. Miguel Nicolau refere ainda que este grupo, apesar de ser um projeto instrumental, “pisca o olho à canção e aposta na variedade estílistica pois estão bem patentes as nossas influências”.
Sobre o Impulso, Miguel Nicolau considera que “faltava algo que preenchesse o espaço entre a ESAD, o CCC e a cidade”. Na sua opinião, “é das melhores coisas que aconteceu nas Caldas” e isto porque os grupos escolhidos pelo festival encabeçam os festivais mais alternativos do país. A curadoria do Impulso “é do melhor que se faz e que revela grande capacidade de ser pertinente e estar atual”, disse o músico, acrescentando que dá a hipótese aos caldenses e a quem cá estuda de assistir ao que de melhor na música alternativa. É “uma ótima iniciativa que aposta na descentralização” e que apontou o caminho aos festivais congéneres, espaçando os concertos, em vez de os concentrar.
A primeira parte do concerto dos MontanhasAzuis, amanhã, no CCC, será assegurada por April Marmara. No dia seguinte, 7 de agosto, pelas 20h00, Marco Franco, atua ao piano solo, na Igreja do Espírito Santo numa parceria entre o Festival Impulso e o Grémio Caldense. ■

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