Marco Martins é VJ, escultor e cenógrafo. Trabalha conteúdos e ambiências visuais, fazendo misturas com imagens que designa como pinturas em movimento. Está a trabalhar on-line em parceria com outros artistas como Stereossauro e Surma
Para tal, assim como os DJ’s, os VJ’s recorrem ao mesmo tipo de equipamento como mesas de mistura ligadas ao computador para manipular as imagens. Com este tipo de conteúdo audiovisual, “a intenção é o público on-line ter o ambiente sonoro e visual de um evento, podendo ser visto em écran ou mesmo projectado em qualquer local acompanhado do som”, acrescentou.
Na sua página oferece conteúdos audiovisual por DJ e VJ, mas não mostra “os autores apenas o resultado audiovisual da sessão”,contou, Após a primeira sessão com o DJ David Ismael e VJ Pixel Bitch, vários convidados já passaram pela sessão semanal, e mais alguns projectos com alguns DJ, VJ, e músicos nacionais e internacionais estão programados para breve. Entre os próximo autores, Marco Martins tem já agendadas sessões com o DJ Stereossauro e uma outra com a cantora Surma. E promete “música e visuais inteiramente de originais e que ira ser lançada na página Indoor Sessions em primeira mão”.
A quarentena obrigatória obrigou-o a cancelar todo o trabalho que tinha agendado ate Julho deste ano. Como cenógrafo, viu os vários projectos para eventos, televisão “cancelados ou mesmo adiados para data incerta”, contou. Como Pixel Bitch, um dos muitos projectos que tem, neste caso, referente ao trabalho de manipulação e mistura de imagem ao vivo para tudo o que era VJ e video-mapping também ficou tudo sem efeito. Tratam-se de projectos visuais criados ao vivo para festas e eventos, onde normalmente se junta muito público e por isso, tudo cancelado.
Um deles, o evento LPM – Live Performers Meeting – estava previsto para 15 de Março em Roma e junta anualmente centenas de artistas, programadores, técnicos no âmbito do audiovisual, o VJ, o Dj, Video Mapping, Programação e interactividade. Há seis anos que Marco Martins é presença regular neste evento que é uma competição internacional de video-mapping. Este autor já conseguiu estar presente em duas das finais como video-mapper.
Festival videomapping ainda sem data
Marco Martins é também responsável por um festival internacional de videomapping que teve a sua primeira edição as Caldas em 2017, que transformou o balneário do Hospital Termal numa enorme tela de apresentação de vídeo-mapping de vários autores. Só que como “muitos dos contactos e parceiras internacionais” seriam combinadas em Roma e como tal apesar de haver vontade de dar continuidade a este evento internacional por agora “ainda não tem muito de concreto para ser uma realidade próxima”.
Neste momento, Marco Telmo Martins está a tentar contornar a situação de todos os cancelamentos dos vários projectos artísticos e de autor.
À Gazeta conta que está a tentar reformular técnicas e encontrar soluções de trabalho que funcionem a partir de casa e que também continuem a ser uma fonte de rendimento no pós-quarentena. Ou seja, o autor está a juntar os seus conhecimento das áreas em que trabalha – como escultor, cenógrafo, VJ e programador – e a tentar colocá-los em prática através da Internet. E, por isso, este artista multifacetado com projectos nas mais variadas vertentes – está a desenvolver trabalhos nas áreas da Escultura em 3d para impressão em 3D e ainda a produzir conteúdos de vídeo para eventos que se possa vender no mercado online. “Um mercado já bastante abrangente e que consigo fazer sem ter de sair da segurança de casa”, contou o artista, que tem o atelier de trabalho instalado nos Silos. Do seu percurso já faz parte estar sempre em busca de novas soluções criativas. Como tal, esta busca por novos caminhos não o assusta. O autor considera até que “pode ser que seja uma boa forma de contornar a situação em que nos encontramos”. “E continuar a criar dentro da minha área artística”, finaliza.