Ofélia foi às escolas e quer ser cada vez mais um festival da cidade

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O núcleo duro do Ofélia: Milene Fialho, Andreia Martins, David dos Santos e Inês Monteiro
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O festival de teatro e artes performativas da ESAD, Ofélia, foi este ano a uma escola básica e a uma secundária das Caldas. Esta foi uma novidade do evento que quer ser cada vez mais uma iniciativa da cidade e não apenas da comunidade escolar. O encerramento ficou marcado pela homenagem à actriz Cremilda Gil. Os organizadores criaram um prémio com o nome da actriz caldense que faleceu no início deste ano.

Noite de quinta-feira, 11 de Abril. Vêem-se luzes e pessoas no pinhal em frente à ESAD. Ouvem-se sons. É uma das últimas peças do festival Ofélia, que decorreu durante a semana. A iniciativa contemplou 20 peças de teatro e envolveu os alunos da escola de artes caldense com estudantes de outros estabelecimentos de ensino superior.
A maior parte das peças decorreu nas instalações da escola, mas também houve actuações no espaço urbano e no CCC. Os alunos deslocaram-se a pé entre a ESAD e o centro de congressos.
Durante o pré-Ofélia os alunos do primeiro ano da ESAD participaram na Semana Raul Proença e os de segundo foram à Escola Básica Integrada de Sto. Onofre dinamizar um momento de aproximação ao teatro.
Outra das vertentes do Ofélia foi a formação, com a realização de um workshop de “clown” com Margarida Gonçalves.
Mas regressemos aos últimos momentos do festival, que acompanhámos. Já depois de “Monólogos sobre você enquanto o horror mastiga flores”, a peça que decorria no pinhal, seguimos para o interior da escola, onde somos recebidos por uma dupla que passa entre a “plateia” e começa a declamar um texto sobre o que é ser actor. No final, depois da salva de palmas das cerca de 50 pessoas (a maioria estudantes), entramos todos numa sala e vemos as duas últimas peças: “A Viagem” e “Liberdade”, ambas dinamizadas por duplas e com foco nas relações amorosas e na complexidade de ser casal.
Segue-se o encerramento, com uma homenagem a Cremilda Gil, a actriz caldense que faleceu no início do ano. Foi mostrado um vídeo com imagens da actriz e lida a sua biografia.
Nesta edição foi criado um prémio com o seu nome, que foi entregue a Fábio Casaleiro, aluno de Design Gráfico e Multimédia que foi o responsável por toda a comunicação do festival.
No final, depois de os organizadores passarem o testemunho aos alunos do primeiro ano, gritou-se “Ofélia 9!”, em jeito de despedida, antes da ida para a festa que encerrava o evento, no In a Park (na rua de Camões).

UM FESTIVAL DAS CALDAS

O núcleo duro da organização do evento era constituído por quatro alunos: Inês Monteiro, David dos Santos, Milene Fialho e Andreia Martins, que no final, à Gazeta das Caldas, fizeram um balanço positivo da nona edição deste evento. O grupo agradeceu à professora Margarida Tavares e às várias pessoas e entidades que tornaram possível a realização do Ofélia e salientaram que “este é um festival das escolas de teatro, mas também da cidade, e que pode ser aproveitada com mais arte porque tem muitos espaços bonitos”.

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