
Três DJ locais ensinaram como se faz uma canção de rap, desde as rimas até à gravação
Decorreu no sábado, 5 de dezembro, na Casa dos Barcos, no Parque, a oficina “Hip Hop ‘tá na Casa”, na qual foi dada a possibilidade de aprender o que é a música rap, uma das vertentes da cultura hip hop.
Foi com a ajuda dos DJ Elton Malta, André Tomás e Tiago Orato (os dois primeiros das Caldas e o último de Peniche) que algumas crianças, acompanhadas pelas mães, aprenderam os ritmos e a criar as quadras e rimas que serviram de base à construção de uma canção.
Esta oficina foi uma estreia e os resultados foram tão positivos que mentores e aprendizes gostavam de repetir a experiência.
“Quisemos que os participantes fizessem parte do processo desde a produção do instrumental, passando pela construção das rimas e gravando um tema no final”, explicaram os DJ, que têm formações tão variadas como Comunicação Social ou Som e Imagem. Com idades entre os 23 e os 32 anos, os jovens querem continuar a promover este estilo musical e querem também contribuir para que “acabe o preconceito que ainda existe em relação a esta cultura de caráter urbano”.
DJ que participaram no evento dizem que é preciso eliminar o preconceito
que existe com o hip hop
“Não gosto de fazer a cama” nem de “arrumar o quarto” foram algumas das frases que ganharam nova vida e ritmo na canção colaborativa desta oficina.
O que Maria Maia mais gostou foi de “escrever as quadras e de as gravar”.
Mafalda Henningen, de 10 anos, gostou “de tudo”, enquanto a pequena Mafalda Marques, de 6 anos, disse que “foi muito bom participar nesta atividade”. Segundo a sua mãe, Joana Carvalho, “é pena que estas oficinas não se realizem mais vezes”. Para Ana Santos, que trouxe a filha e uma amiga, foi uma tarde “bem passada” onde foi possível aprender um pouco mais sobra a cultura do hip hop.
“Foi ótimo poder contatar com outras realidades, numa vida que agora temos de casa- escola”, disse Paula Costa, que participou com o filho, Miguel.
Esta é a segunda edição da Casa das Artes, organizada pela União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, e que tem sempre grande adesão das famílias. Há propostas ligadas às artes plásticas, à música, à dança, à leitura e ao teatro que contavam sempre com casa cheia, antes da pandemia.
Agora as oficinas da Casa das Artes só podem receber 10 pessoas explicaram Maria João Reis e Sara Oliveira, da União de Freguesias. No dia 12 de dezembro Patrícia Guimarães vai coordenar uma oficina de artes manuais que será seguida de outra, que decorrerá a 19 de dezembro e que vai ser orientada por Inês Fouto, dedicada ao conto.

